sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Redenção

Um tolo coração se ilude

E de tanto sofrer acaba tornando-se rude

Uma tola mente se engana

E quando cauterizada a todo o seu ser profana

Corpo caído ao chão

Entorpecido chamava seu desejo de paixão

Agora está arrasado

Por ver que em seus sentimentos fora pisado

Rédeas da vida mal guiadas

Que o conduziram por vias mal trilhadas

Fechou-se obstinado para a verdade

E preferiu abraçar a falsidade

Tudo pelo prazer do momento

Sem perceber que só poderia terminar em tal sofrimento

Solidão, solidão, solidão

Até mesmo quando em meio à multidão

Pensava conhecer o amor

Agora está coberto de pavor

Ah (exclama), se eu soubesse que ia terminar assim

Que esse seria afinal o meu fim

Procura por socorro então

Seus olhos percorrem os quatro cantos da terra em vão

Então ali com o coração partido

Percebe-se totalmente rendido e desiludido

Não consegue se levantar

Mas tenta pelo menos uma oração balbuciar

Pequei, pequei contra Ti

Perdoa-me e purifica-me pelo pecado que cometi

Se em tudo e por tudo ainda tens por mim amor

Que nessa minha humilhação encontre eu o Teu favor

Pois não tenho forças nem ao menos para me levantar

Careço de Tua redenção, vem me salvar

Entrego a Ti o que resta do meu estilhaçado coração

Recebe-o por Tua graça então

Entenderei se não me ouvires

E se em meu socorro não vires

Dei-Te as costas por todos esses anos

Por ter abraçado em meu seio os meus próprios enganos

Mas se ainda há para mim alguma esperança

Torna-me de novo como uma criança

Terminada assim essa sincera oração

E antes que fechasse definitivamente seus olhos, ali caído ao chão

Eis que resplandece uma brilhante e branquíssima luz

E vê no meio dela um como se fosse o próprio Jesus

Sim, sim, era o próprio Senhor

Vindo em sua direção para a vida lhe repor

Abraçou-lhe ainda deitado

E contou-lhe como e de tal maneira o tem sempre amado

Mostrou-lhe as feridas dos pés e de cada mão

Marcas da Sua crucificação

Disse-lhe que Nele a sua vida estava remida

Que viera para que tivesse abundante vida

E logo transformou-se glorioso então

E contou-lhe sobre Sua ressurreição

Depois se levantou e disse-lhe:

Levanta-te e torna a viver

E naquele momento aquele quase morto coração viu-se renascer

E um novo cântico fluiu dos lábios seus

Um cântico de gratidão e louvor a Deus

Por: Paulo R. P. Cunha

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