sexta-feira, 28 de agosto de 2009

VASILHAS VAZIAS


Certa mulher havia perdido o seu esposo. Os credores estavam à sua porta e com dois filhos para sustentar já não sabia mais o que fazer. Procurou então Eliseu um profeta de Deus para que juntos pudessem encontrar uma solução.

Neste encontro, Eliseu lhe perguntou. “Dize-me o que tens em casa. Disse ela: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Disse-lhe Eliseu. Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos, vasilhas vazias não poucas. Depois entra, fecha a porta sobre ti e teus filhos, deita o azeite em todas aquelas vasilhas e põe à parte a que estiver cheia.” A mulher seguiu à risca as determinações de Eliseu. “Entrou em sua casa com seus filhos, fechou a porta atrás de si e começou a encher os vasilhames um após o outro que houvera pedido emprestado de seus vizinhos. Na medida em que iam sendo cheios os mesmos eram colocados de lado. Quando terminou de encher a última vasilha, o azeite parou de sair da botija”. Novamente a mulher procurou o homem de Deus para pedir novas instruções e ao fazê-lo, este lhe disse: “Agora vai e vende o azeite, paga a sua dívida. Você e seus filhos vivam do resto que sobrou do azeite”.

Esta história está registrada na Bíblia no livro de I-Reis 4:1-7.

É possível que situação semelhante ocorra. Uma tensão financeira ou algum outro episódio assola sua casa, a sua família, você já não sabe mais o que fazer. As contas estão a cada dia aglomerando-se. Seus sonhos e perspectivas no futuro estão cada vez mais longínquos. Seus credores estão à porta lhe tirando a paz, a tranqüilidade e a sua alegria, tudo fica insuportável e insatisfazível.

A mulher dessa história tomou uma iniciativa admirável. Ela procurou ajuda espiritual. Ela procurou alguém que pudesse orientá-la com a Palavra de Deus, um conselho com respeito e amor, essa orientação mudou a sua situação e entrou para história como uma mulher abençoada por Deus. Ela creu e agiu de acordo com a Palavra do homem de Deus e só assim pode ver o milagre.
Para vencer os nossos desafios e medos podemos imitá-la, não se detendo em coisas que não resolvam o nosso conflito, a fonte da busca precisa ser a mesma. Ela não procurou sorteios de jogos ou programas dominicais que realizam sonhos, ela foi direto pedir ajuda a um homem que era obediente a vontade de Deus. Ela o conhecia muito bem. Seu esposo fora um de seus discípulos da escola de profetas. Eles se encontravam diariamente para a leitura, estudo e oração. Com certeza a confiança que a impulsionava encontrá-lo, vinha do aprendizado que recebera de seu marido depois de algum tempo de companhia com o profeta Eliseu. Ao receber as instruções, cada detalhe foi seguido minuciosamente e com isso à benção chegou a sua vida, e em sua família.

Podemos aprender com esse fato, vamos usar a fé e a ação, e me permitam falar metaforicamente, vamos encher também nossas vasilhas com azeite. Saiba que o azeite biblicamente simboliza a unção ou direção do Espírito Santo em nossas vidas. Nós os vasos, precisamos ser cheios diariamente por este azeite que vem de Deus. Com este óleo podemos ter a sabedoria e o discernimento para agir em meio aos problemas e desafios.
Em nossos dias ter fé ou falar de fé, exige coragem, o endeusamento do materialismo e escândalos oriundos de alguns guias religiosos, pode nos levar a total incredulidade do poder de Deus, mas estejamos certos que Deus ainda faz milagres hoje. Existem homens e mulheres tementes a Ele que nos podem transmitir palavras de esperança. Busquemo-los e ouçamos com atenção seus conselhos e seremos abençoados.

Rev. Pedro Domingos Pereira Neto.
Pastor da Igreja do Nazareno em Picos

E-mail: minhaesperanza@hotmail.com

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Afinal, o que é Cidadania?


Fala-se muito sobre cidadania, mas afinal, o que é cidadania?
No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele que habita na cidade. Assim, entende-se por cidadão, o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este.
Na Grécia de Platão e Aristóteles havia apenas um pequeno número de cidadãos, eram excluídos homens ocupados, mulheres, escravos e estrangeiros. Dentro desta concepção surge a DEMOCRACIA GREGA, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a cidade.
Os Hebreus tinham uma feroz identificação nacional, que tem resistido à passagem do tempo, com todas as suas vicissitudes, guerras, exílios e caos, eles contavam com várias instituições que favoreciam o estabelecimento da cidadania.
No relato bíblico encontrado no livro de Atos notamos que à época de Paulo um cidadão tinha direitos (iura), privilégios (honores) e deveres (numera). Entre os direitos havia o ius provocatonis, isso é o direito de apelar.
“E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?
E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano.
E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim.
E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento.”
Atos 22:25–28
No período do Renascimento que reviveu a cultura clássica da Grécia e de Roma, temos também o monge agostiniano alemão Pai do Protestantismo Martinho Lutero. Ele protestava contra os abusos políticos e religiosos de sua época, lutando pelo fim da servidão camponesa e pela igualdade de condições dos camponeses com o clero e a nobreza.
Uma pesquisa divulgada pelo Ibope em 25.11.2003 traz dados preocupantes sobre as nossas relações de cidadania. Indica que 56% dos brasileiros não têm vontade de participar das práticas capazes de influenciar nas políticas públicas. Que 35% nem tem conhecimento do sejam essas práticas e 26% acham esse assunto “chato demais” para se envolver com ele. Nem tudo está perdido: 44% dos entrevistados manifestaram algum interesse em participar para a melhoria das atividades estatais, e entendem que o poder emana do povo como está previsto na Constituição. A pesquisa anima, de forma até surpreendente, quando mostra que 54% dos jovens (entre 16 e 24 anos), têm interesse pela coisa pública. Interesse que cai progressivamente à medida que a idade aumenta. A pesquisa ajuda a desmontar a idéia que se tem de que o jovem é apático ou indiferente às coisas do seu país. (BARBOSA, B. Falta de informação limita participação popular. Cidadania na Internet. Rio de Janeiro, nov. 2003.) Disponível em http://www.cidadania.org.br/conteudo.asp
Ulysses Guimarães em seu discurso na Constituinte em 27 de julho de 1988 afirmou: “essa será a Constituição cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria. Cidadão é o usuário de bens e serviços do desenvolvimento. Isso hoje não acontece com milhões de brasileiros, segregados nos guetos da perseguição social”.
Nossa indagação é se podemos contabilizar melhorias desde então. Nossa cidadania esta parecida com a cidadania da Grécia de Platão e Aristóteles, onde só a minoria era considerada cidadãos? O Direito do cidadão é Direito de Acesso. O que o povo brasileiro necessita é do direito de acesso e não de leis que garantam a uma minoria (elite brasileira) suas grandes e ricas propriedades.
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social” DALLARI, D.A. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14

O exercício da cidadania no Brasil tem muitos impedimentos, é urgente que unamos forças para combater toda sorte de misérias, seja ela material, emocional, educacional, moral, cultural, social, política, afetiva e espiritual. A nossa nação precisa ser sarada e um dos muitos conselhos bíblico está revelado no livro de 2 Crônicas 7:14 – “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”

Rev. Pedro Domingos Pereira Neto
Pastor da Igreja do Nazareno em Picos

E-mail: minhaesperanza@hotmail.com

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Qual Será o Próximo Título “Espiritual”?


Abri meus e-mails
Dentre eles havia um que fora enviado por um líder religioso
O conteúdo do e-mail se destinava a propagandear uma viagem a Israel
Denominada como viagem a Terra Santa
Até aí tudo bem
Mas me gerou certa estranheza pelo fato da entonação ministerial quanto à viagem
Também estranhei a auto-nominação na frase escrita por tal líder:
“Eu sou líder de uma Nação”
Até que chego ao final do e-mail e me deparo com a assinatura:
“Paipóstolo”
Parei por um instante diante daquele título “espiritual” e me perguntei:
Qual será o próximo título “espiritual” que virá por aí?
Quando me converti...
A vinte e seis anos atrás...
As coisas eram mais simples
Tínhamos pastores, evangelistas, presbíteros e diáconos.
Com a ascensão dos mega-líderes...
Veio a era dos bispos;
Depois apareceram os apóstolos;
E, agora, Paipóstolo – Pai de apóstolos.
O que me incomoda...
E provavelmente isso não importe a ninguém – se me incomodo ou não...
Não é o título em si...
Mas, sim, a necessidade de uma titularidade que imponha superioridade espiritual.
Se ser pastor já corresponde em autoridade espiritual;
E bispo corresponde a uma ordem espiritual superior aos pastores...
Apóstolo tornou-se uma sumidade espiritual.
O que dizer então de Paipóstolo?
Nada mais, nada menos, do que ser o gerador de sumidades espirituais.
Deve se referir também à autoridade espiritual máxima da igreja;
E ainda que todos os demais líderes e membro...
Devem se aninhar sob sua liderança espiritual paternal.
O que me preocupa...
E isto também não deve importar a ninguém – se me preocupo ou não...
É que as pessoas que afluem às igrejas...
Estão focando muito mais estas pessoas do que a Jesus e Seu Evangelho.
Acho...
E talvez ninguém se importe com o que eu acho ou deixe de achar...
Que há muita passividade por parte das pessoas que freqüentam igrejas.
Se as pessoas lessem e estudassem mais a Bíblia;
E fizesse isso em constante oração diante do Senhor...
Acho que as coisas seriam bem diferentes.
Mas, parece que o carisma, o movimento nos cultos...
As promessas de vitórias pragmáticas, a oratória eloqüente...
O discurso intelectualizado...
O sucesso televisivo ou radiofônico...
Os mega-templos...
O frenesi emocional e os aspectos místicos dos cultos...
Têm sido base da fé de muita gente.
Mas e a Palavra de Deus e a oração?
E a relação íntima de cada crente com Deus?
Por que a muitas pessoas carregam uma Bíblia e não a lêem de fato?
Em Provérbios 29.18 se lê:
“Não havendo profecia, o povo se corrompe;
Mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado”
Aqui, profecia e lei são correspondentes.
Profecia e lei correspondem à Palavra de Deus.
Por isso Jesus Cristo pode afirmar:
“Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” – Mateus 22.29.
Aqui, Escrituras (sagradas) e Poder de Deus são correspondentes.
Todo poder que não se baseia nas Escrituras é digno de suspeição.
Fico pensando...
Enquanto o povo de Deus não se voltar de fato para a Palavra de Deus...
E para a oração pessoal e íntima com o Senhor...
Estaremos sujeitos a líderes ambiciosos e suas titularidades estranhas.
Desperta, povo de Deus!
Jesus Cristo é o único Senhor!
Desperta, igreja!
Só há um título deveras importante...
E é o do Pastor e Bispo de nossas almas – O Senhor Jesus! – 1 Pedro 2.25.
Está escrito: “Todo aquele que nele crer não será confundido” – Atos 10.11.
Na igreja não deve haver títulos que representem superioridade espiritual...
Mas apenas que representem chamados e ministérios.
Que o Espírito santo ilumine a Sua Igreja.

Por: Paulo R. P. Cunha

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

EXISTE IGREJA PERFEITA?


Todos já devem ter ouvido e/ou falado a seguinte frase:
Não existe igreja perfeita.
Levando-se em conta que a igreja é composta por seres humanos
E seres humanos são pessoas que têm virtudes e defeitos
Não há igreja perfeita
Levando também em consideração
Que as pessoas que procuram se achegar às igrejas
O fazem, em via de regra, porque estão passando por problemas
E visto que muitos desses problemas passam para o ambiente
Não há igreja perfeita
Mas esta é uma ótica humana e pecadora de enxergar a igreja
E na ótica humana e pecadora de ver a igreja
Não há igreja perfeita
Mas, e na ótica de Deus?
Será que para Deus há igreja perfeita?
Se a visão de Jesus Cristo é a visão de Deus
E eu creio que seja
Então temos uma maneira de responder essa pergunta
O livro do Apocalipse é um conjunto de revelações feitas por Jesus a João
E neste livro há palavras de Jesus Cristo dirigidas às igrejas
São ao todo sete cartas dirigidas a sete igrejas
Uma carta para cada igreja
Nas cartas dirigidas a cinco igrejas há reprimendas do Senhor
As igrejas são denominadas por suas localizações geográficas
As cinco igrejas que receberam reprovações foram:
Éfeso, Pérgamo,Tiatira, Sardes,e Laodicéia
Apenas duas não receberam reprovações quaisquer
As duas são:
Esmirna e Filadélfia
Seriam as igrejas localizadas em Esmirna e Filadélfia, igrejas perfeitas?
Se ser perfeita é não receber reprovação do Senhor
Então sim
Não acredito que estas igrejas não tinham qualquer problema
Mas aos olhos do Senhor não eram motivos de reprimenda e/ou reprovação
Então brota uma nova pergunta:
O que torna uma igreja perfeita aos olhos de Deus?
Ambas as cartas nos dão sinais bem claros
São claros porque são citados pelo próprio Senhor Jesus
Na igreja localizada em Esmirna podemos perceber três fortes características:
Era pobre, era fiel ao Senhor e era perseverante
Na igreja localizada em Filadélfia percebemos três fortes características:
Tinha pouca força, era bem firmada na Palavra e era fiel a Jesus
E ambas as igrejas lutavam contra um mesmo inimigo
Satanás
Ou seja, conheciam muito bem o ambiente espiritual no qual existiam e que resistência enfrentavam - "As portas do inferno não resistirão à minha igreja" - Mateus 16.18 -, disse Jesus Cristo.
E Paulo revela que "não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" - Efésios 6.12.
Vamos ver se há alguma relação entre as duas em questão de virtude?
Esmirna era considerada pobre e Filadélfia tinha pouca força
Esmirna era fiel ao Senhor e Filadélfia jamais negou o nome de Jesus
Esmirna era perseverante e Filadélfia mantinha-se firme na Palavra de Deus
Acho que podemos traduzir tais virtudes como:
Dependência total de Deus
Obediência total a Deus
Fidelidade total e unicamente a Deus
Mas não é só isso que as tornam igrejas perfeitas
Só?
Ah, se minha igreja tivesse estas virtudes! Talvez alguém suspire.
Mas digo só, não porque despreze tais virtudes
Mas porque acredito que existam outras qualidades nestas igrejas
Por exemplo:
O Senhor reprova o esfriamento do amor da igreja em Éfeso
Então suponho que as igrejas de Esmirna e Filadélfia amavam ardentemente o Senhor
À igreja em Pérgamo o Senhor reprova a aceitação de conceitos que eram contrários à Palavra de Deus
Quanto as igrejas em Esmirna e Filadélfia a Palavra de Deus não só era inegociável, como era a base concreta de sua fé e conduta
O Senhor reprova a tolerância para com o pecado na igreja em Tiatira
Não julgo que nas igrejas em Esmirna e Filadélfia as pessoas não pecavam
Mas certamente o pecado era tratado como pecado e não era tolerado
Quem pecou deveria se arrepender e consertar-se com o Senhor
Quanto a igreja em Sardes o Senhor reprova as obras
Ou seja, a prática não está batendo muito com a pregação
Não estava vivendo o que pregava
Então estava pregando como quem está viva
Mas vivendo como quem está morta
Parece que as igrejas em Esmirna e Filadélfia buscavam viver o que pregavam
E, finalmente, a igreja em Laodicéia também foi reprovada pelo Senhor
Jesus reprova a falta de identidade e identificação da igreja com Ele
Por isso Ele orienta que:
“De mim”:
Compres ouro provado pelo fogo – Lembra do que Paulo fala sobre as nossas obras? – Serão provadas pelo fogo
Por isso todas as nossas obras (ações) devem ser feitas no Senhor e para o Senhor
Adquira vestes brancas – Refere-se a sermos lavados pelo sangue de Jesus
E unjas os olhos com colírio – Perda de visão (do Reino de Deus e de si mesmo enquanto igreja)
E, pior...
Esta igreja nem percebeu que estava pondo Jesus Cristo fora dela, pois, o Senhor revela onde Ele está posto diante da igreja em Laodicéia: "Eis que estou à porta e bato" - Apocalipe 3.20.
Vale a pena a gente relembrar o processo de decadência revelado nas cinco igrejas que receberam reprovação do Senhor Jesus:
1) O amor esfria;
2) Deus passa a ser um conceito;
3) Se tolera o pecado - o pecado passa a não ser tratado como pecado; não há necessidade de arrependimento e conversão;
4) Prega sobre Deus, mas nega o poder de Deus - "tens nome de que vives e estás morto";
5) Perde a visão do Reino de Deus e a identidade com Jesus, o Senhor do Reino de Deus - a igreja se torna humanista.
É importante também notarmos que em cada carta o Senhor chama a igreja ao arrependimento e para que dê ouvidos ao que o Espírito Santo diz.
Temos que entender que a queda espiritual não se dá da noite para o dia, mas é um processo que acontece e que precisa ser alertado para que haja restauração do Senhor na igreja (ou em nossas vidas).
Tenhamos em mente o que está dito em Provérbios 29.1: "O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura".
Pelo que podemos perceber estes não eram os problemas das igrejas em Esmirna e Filadélfia, as quais permaneciam no primeiro amor, mantinham-se firmes na Palavra de Deus, não toleravam o pecado, mas buscavam arrependimento e concerto diante do Senhor, pregavam sobre Deus e viviam para a glória de Deus, viviam na dependência total do Senhor, eram obedientes e fiéis ao Senhor e à Sua Palavra, não perderam a visão do Reino de Deus, nem a identidade com o Senhor do Reino de Deus - Jesus Cristo - e, Jesus Cristo estava posto onde é o lugar Dele: Como Senhor e Cabeça da Igreja.
Então, pensando bem...
Não segundo a ótica humana e pecadora, mas segundo a ótica de Deus...
Há, sim, igreja perfeita!
E as igrejas em Esmirna e Filadélfia são exemplos dados pelo Senhor desta verdade!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

RICARDO OLIVEIRA EM PICOS
















RICARDO OLIVEIRA EM PICOS DE PASSAGEM PARA FLORIANO

O GÊNIO DA MATEMÁTICA.

EXEMPLO DE SUPERAÇÃO

PARABÉNS...

Ricardo, o gênio da matemática

História do jovem pobre, portador de uma doença rara, campeão das Olimpíadas de Matemática e orgulho de uma cidade no Ceará emociona o país.

Domingo passado, o Brasil assistiu no Fantástico a história de superação de Ricardo, um jovem pobre, portador de uma doença rara, campeão das Olimpíadas de Matemática. O país se sensibilizou com a lição deste cearense, filho de lavradores, e decidiu ajudá-lo. Ricardo ganhou até uma casa nova.


Na pequena cidade do interior do Ceará o assunto é um só. Várzea Alegre exibe o orgulho de ter um estudante duas vezes medalha de ouro nas Olimpíadas Brasileiras de Matemática para Escolas Públicas, como você viu domingo passado, no Fantástico.

"Estou apaixonada pelo Ricardo, todo mundo daqui", garante uma mulher. “Fazer aquilo é importante para o Brasil”, destaca um morador.

Mas a fama não alterou tanto a rotina do morador ilustre. Ricardo estuda cinco horas por dia, três só dedicadas à matemática.

“Na matemática o que me interessa é a exatidão, é o modo como os problemas são resolvidos. Tem certas perguntas que são aparentemente fáceis e isso nos motiva a tentar resolvê-las", diz o estudante Ricardo Oliveira da Silva.

O desempenho de Ricardo nas olimpíadas impressionou os professores que corrigiram as provas. "Na região que eu coordeno, ele foia melhor nota nos dois anos em que ele participou", diz o professor de Matemática Pedro Ferreira de Lima.

Foi longe dos bancos da escola que Ricardo conseguiu decifrar os números. Incentivo da mãe, agricultora, que ensinou as primeiras lições.

"Era muito fácil ensinar Ricardo porque ele tinha facilidade de aprender", lembra Francisca Oliveira da Silva, mãe de Ricardo.

Depois de alfabetizado, Ricardo trilhou quase sozinho os caminhos do conhecimento. O irmão mais novo, Ronildo, ajudou.

"Ele sempre trazia os livros para matar a minha curiosidade, eu sempre procurava entender como as coisas aconteciam, eu tenho tipo assim espírito de cientista", conta Ricardo.

Mesmo acostumados com a vida simples no sítio, os pais do Ricardo sabem que para levar o sonho dele adiante vão ter que se mudar. Ano que vem, o estudante não terá mais professor em casa, porque estará no Ensino Médio e a escola mais próxima fica a 24 quilômetros de distância.

Por causa das condições da estrada, Ricardo não consegue sair de casa na cadeira de rodas. Tem de ser levado pelo pai. Depois que a história do estudante foi mostrada no Fantástico, a prefeitura de Várzea Alegre prometeu levar a família para a área urbana do município, onde Ricardo vai ter uma casa com todas as despesas pagas, uma cadeira de rodas motorizada e vai poder freqüentar uma escola.

Ofertas de tratamento médico, odontológico e material didático vieram de várias cidades do Brasil. Ricardo está feliz, mas lembra que a doação que ele mais precisa receber é aquela que não tem preço.

"O maior presente que eles poderiam me dar é o apoio mesmo, o incentivo, porque é isso que a gente precisa para seguir na vida", diz Ricardo.

Fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL698658-15605,00.html

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Atitude Que Faz Diferença


A atual atmosfera econômica tem reforçado para mim a importância de se ter e manter uma atitude apropriada. Líderes empresariais têm algumas opções a fazer em meio ao turbilhão da economia, podendo escolher participar e contribuir com a recessão, reprimir o crescimento, fazendo cortes ou encarar a crise como uma oportunidade. O futuro desses líderes e suas empresas pode ser de progresso ou de deterioração, dependendo da forma como reagirem, consoante suas atitudes e formas de abordagem.

Do meu ponto de vista, os que estão atravessando melhor a tempestade são aqueles que deixaram de lado preocupações e ansiedade, agarrando energicamente a oportunidade de buscar novos negócios. Em muitos casos o que foi perdido não tem volta, mas ainda resta muito a ser ganho. Na Bíblia, o livro de Filipenses 4.6-7 ensina: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.”

É claro que quando a Bolsa de Valores imita uma montanha russa, a produtividade e as vendas estão em declínio, dizer “Não fiquem ansiosos!” , e ser capaz de colocar de lado toda ansiedade são coisas totalmente diferentes. Mas a chave desse texto bíblico está no foco: somos instruídos a não ficar ansiosos por coisa alguma, mas ao contrário, confiar em Deus e dirigir-Lhe nossas orações, preocupações e pedidos.

A chave é crer e confiar que Deus está no controle e cuida de nossos interesses. Se você não crê nisto fica difícil experimentar “a paz de Deus que excede todo o entendimento”. Afinal de contas queremos entender, queremos saber como o Todo-Poderoso vai fazer para que "todas as coisas cooperem para o bem" dos Seus, especialmente quando as circunstâncias externas fazem isso parecer impossível.

Isso é o que significa andar pela fé: crer mesmo quando as coisas são inacreditáveis; confiar mesmo quando tudo em que depositamos nossa confiança falhou. Um princípio fundamental das Escrituras afirma que Deus é firme e infalível. Em Hebreus 13.5 Ele promete: “Nunca o deixarei, nunca jamais o abandonarei.” Prossegue respondendo: “Podemos, pois, dizer com confiança: O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens?” (Hebreus 13.6).

Por que? Porque dois versículos adiante a Palavra declara: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13.8). Para mim, essa passagem declara que não importa em que situação nos encontremos e quão incertas e adversas as condições econômicas possam se tornar, Deus está no controle e pronto para nos auxiliar em tempos de necessidades.

Em Filipenses, o apóstolo Paulo ressalta a importância da atitude adequada. Depois de exortar-nos a não andar ansiosos, ele escreve: “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Filipenses 4.8).

Se para você tem sido difícil encontrar paz no trabalho ultimamente, pare e considere essas Palavras. Uma atitude positiva, aliada à oração, ação de graças e paz é melhor do que preocupação.
Por: Rick Boxx

Ah, Eu Amo a Palavra de Deus


“Meu coração, porém, nutre temor por Tua palavra” – Salmo 119.161.
Mais do que submissão, o salmista demonstra lealdade e confiança quanto à palavra de Deus.
Para ele não é uma mera questão de observância dos mandamentos do Senhor, mas sim, de uma consciência de que a palavra de Deus é seu ponto de apoio e esperança e, também de fortalecimento.
Na verdade, o salmista, nos dá a entender que não há uma dicotomia: Deus e Palavra de Deus. Não são dois, mas um só. A Palavra de Deus carrega o selo do próprio Deus.
Ou seja, Deus sustenta o que fala.
E o salmista tem compreensão dessa verdade. Ele sabe que em se apegar a, e confiar na Palavra de Deus ele, na verdade está apegado a Deus e confiando no próprio Deus.
O salmista faz essa declaração – “Meu coração, porém, nutre temor por Tua palavra” – em meio à perseguição – “Príncipes me perseguiram sem causa”.
Por essa perseguição ser sem causa, ele, então, alega que as motivações são falsas – “Abomino e aborreço a falsidade”.
Ou seja, o que dizem são falsidades e mentiras.
Mas, em contra-partida, ele declara: “Amo a Tua lei”; “Amo-os extremamente”.
E confessa: “A minha alma tem observado os Teus testemunhos”; “Tenho cumprido os Teus mandamentos”; “Tenho observado os Teus preceitos e os Teus testemunhos”.
E exulta: “Sete vezes no dia Te louvo pelos juízos da Tua justiça”.
Como é bom conhecer a Palavra de Deus e o Deus da Palavra.
Que segurança – “Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço”.
Há muita mentira sendo dita a respeito de Deus e muita gente falsa se fazendo passar por servo de Deus, mas que não O serve de fato.
Como saber? Como não se corromper? Como não ser enganado? Como não se desviar da Verdade?
Ah, a Santa Palavra do Senhor. Continua “viva e eficaz e poderosa para discernir os pensamentos e intenções do coração humano” – Hebreus 4.12.
Por isso Jesus Cristo foi categórico: “Santifica-os na verdade. A Tua palavra é a verdade” – João 17.17.
Toda pessoa que propor e/ou incentivar pensamentos alheios à Palavra de Deus é falsa e mentirosa e está sob a ação do espírito do anticristo, o qual já opera no mundo – “Porque já o mistério da injustiça opera... e é segundo a eficácia de Satanás” – 2 Tessalonicenses 2 7,9; e João, o discípulo adverte: “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, agora muitos se têm feito anticristos” – 1 João 2.18; e, eles aparecem de lugares aparentemente menos suspeitos – “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós” – 1 João 2.19.
Como saber se aquele a quem tenho ouvido regularmente é verdadeiro servo de Deus ou é um falso e mentiroso?
Ah, a bendita Palavra do Senhor – A Bíblia Sagrada. Ela é o único parâmetro seguro para se fazer tal avaliação. Por isso os anticristos querem desfazer dela a menosprezando e desvirtuando.
Por isso o apóstolo Paulo faz uma importante advertência para aqueles que buscam a Deus com sinceridade e acreditam na Sua Palavra: “Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com Ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós...” – 2 Tessalonicenses 2.1-2.
E Paulo é ainda mais categórico ao dizer que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema... se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” – Gálatas 1.8-9.
Ah, como amo a Palavra de Deus inspirada e revelada. Ela é o prumo seguro da minha fé, a qual a presença maravilhosa do Espírito Santo confirma em meu coração.
Abomino e aborreço toda falsa palavra. O que pode sim ser traduzida por heresia. Toda palavra que desfaz, desconsidera, se opõe e/ou desvirtuada a Bíblia Sagrada é heresia, é falsidade, mentira e engano que são introduzidos no mundo (e nas igrejas) sob a eficácia de Satanás e, portanto, aqueles que as professam e disseminam fazem o papel do anticristo.
Se você quer se manter firme diante de Deus e ser salvo das falsidades desse mundo, então faça como o salmista fez e diante de tantas heresia e filosofias humanistas que se levantam ao seu redor diga a Deus e para que todos saibam: “Meu coração, porém, nutre temor por Tua palavra".

Por: Paulo R. P. Cunha

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Teologia Pós-Moderna ou Filosofia Humanista?

Diante de um movimento “novo” (?) que tem se levantado no meio religioso com uma proposta de repensar Deus ou rever os conceitos sobre Deus, e, ao me deparar com um vídeo que está circulando via internet, propus escrever o que segue abaixo.
Assisti, via internet, a palestra de Tom Honey, vigário de uma Igreja na Inglaterra.
Em sua palestra, Tom Honey começa dizendo que tem lutado muito e por muito tempo buscando entender sobre a natureza de Deus.
Confessa também ficar muito incomodado quando ouve cânticos nos quais se exalta e evidencia a onipotência de Deus.
Ele diz: “Na adoração da minha igreja, o adjetivo mais frequentemente usado a respeito de Deus é ‘todo-poderoso’. Mas eu tenho um problema com isso. Eu tenho ficado cada vez mais incomodado com essa percepção de Deus ao longo dos anos. Será que nós acreditamos mesmo nesse tipo de Deus chefão que nós viemos mostrando nas nossas liturgias e louvores ao longo dos anos?”.
Daí em diante Tom Honey se posiciona de uma forma que desaprova uma fé em um Deus que se utiliza do seu poder na vida humana. Ou seja: Deus é Onipotente, mas abdica desta Onipotência em sua relação com o mundo e a humanidade.
Porém, Tom Honey, como veremos mais adiante, coloca em questão não apenas a ação onipotente de Deus, mas, também, questiona a personalidade de Deus.
Ele levanta questões como: “Deus se revela na impotência”.
A maioria das pessoas que defendem essa tese (sim, a frase “Deus se revela na onipotência” já se transformou em base de teologia e fé), recorrem ao texto de Paulo, escrito aos Filipenses, que diz: “de sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas, aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz” – Filipenses 2.5-8.
Frases como Deus se manifestou como um Deus moribundo; Deus não é pelos pobres, mas Deus é pobre; e/ou o amor de Deus se revela em sua impotência voluntária; têm invadido os corredores não só da sociedade, mas também das igrejas e seminários teológicos.
Tom Honey não pensa diferente e, ainda, deixa claro que se Deus é todo-poderoso, e não intervém em tudo e sobre tudo, citando inclusive a tragédia causada pelo Tsunami na Ásia, então, impetra seu julgamento: “Deus é um Deus frio, insensível e indiferente”... E declara: “Deus pode até existir, mas não queremos saber dele”.
E, pondo-se na contramão da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, a qual afirma que Deus tem todo poder e controle sobre tudo e todos, Tom Honey afirma que Deus não tem poder e nem controle sobre os ventos e sobre as ondas do mar, porque se tivesse teria evitado o Tsunami.
Ele diz que em certo evento (um funeral) cantaram uma canção que na segunda estrofe diz que “o vento e as ondas obedecem a Ele (Deus)” e aí levanta uma questão: “Será que obedecem?”... E faz uma declaração: “Eu não acho que podemos cantar de novo essa canção numa igreja depois do que aconteceu”, se referindo à catástrofe do Tsunami..
Em sua palestra, Tom Honey questiona os testemunhos dos cristãos.
Ele põe em questão fatos e experiências de cristãos que foram abençoados por Deus em suas vidas.
Parece realmente não aceitar um Deus que se preocupa em abençoar uma pessoa, mas que não impede uma catástrofe. E afirma: “Isso não é aceitável para cristãos inteligentes, e nós temos que reconhecer isso”.
E tira uma conclusão: “Ou Deus é o responsável pelo Tsunami ou Deus não está no controle”.
Em seguida levanta outra questão (cuja resposta pelo “andar da carruagem” já se torna óbvia): “Podemos merecer os favores de Deus por adorá-lo ou acreditar nele?”.
Ou seja: Será que Deus trata diferentemente aqueles que crêem Nele e O adoram daqueles que não crêem Nele e nem O adoram? Será que os que não crêem Nele nem O adoram não desfrutam dos mesmos benefícios que aqueles que crêem Nele e O adoram desfrutam?
Tom Honey e muitos outros que têm proposto repensar Deus asseveram que não.
“Um nós x eles” como expressa grotescamente Tom Honey. O qual ainda faz uma acusação camuflada sob uma pergunta: “... um Deus que é culpado pelo pior tipo de favoritismo?”. E conclui: “Isso seria apavorante e esse seria o ponto em que eu cancelaria a minha afiliação (rejeitaria ser considerado filho desse Deus)”.
Aqui, Tom Honey incorpora a personagem Ivan do livro de Dostoevsky.
Aliás, parece que Tom Honey tem mais identificação com o pensamento humano e filosófico do que com a Bíblia Sagrada.
Tom Honey parece estar convencido de estar capacitado para fazer julgamentos sobre Deus.
É ele quem define quem ou o que é Deus? É ele quem determina como Deus pode e deve agir? Por acaso Tom Honey é o parâmetro de justiça?
E Tom faz a seguinte afirmação: “Tal Deus seria moralmente inferior aos mais altos ideais da humanidade”
Tom Honey... Acorda!
Então, depois de fazer alguns comentários irônicos, ele continua suas prevaricações sobre Deus... Chegando a ponderar que Deus tenha tirado umas férias de ser todo-poderoso, de ser um Deus que age sobre tudo com poder e soberania. Que Deus abdicou de controlar tudo.
Por que será que alguns têm a tendência de crer que ou Deus controla tudo como um teatro de marionetes ou Deus não controla nada?
Não seria possível Deus ter o controle de tudo, mas deixar que haja um fluxo corrente sem, no entanto, abdicar de ter qualquer ingerência ou intervenção, reservando para Si mesmo, diante da Sua sabedoria e soberania, agir no tempo e momento que bem entender?
Será que Deus não tem a liberdade de se relacionar com aqueles que sejam se relacionar com Ele, e, por meio destes, manifestar Seu amor e poder à humanidade?
Mas, pessoas como Tom Honey não aceitam um Deus que não caiba dentro de suas mentes, como ele mesmo autodenomina de “inteligentes”.
Será que Tom Honey é Elias ao inverso? Não está, Tom Honey, se referindo ao deus Baal? Tom não usa o mesmo argumento que o profeta Elias usou em relação à Baal e seus adoradores?: “E sucedeu que, ao meio dia, Elias zombava deles (profetas de Baal) e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa a fazer, ou que intente alguma viagem; porventura, dorme e despertará” – 1 Reis 18.27.
É aí que Tom Honey revela sua verdadeira intenção: “Precisamos pensar novamente sobre Deus”.
Essa é a verdadeira intenção destes “reformadores” pós-modernos.
A proposta da maioria deles é desconstruir os pilares da fé cristã.
E com este propósito Tom Honey despeja suas palavras: “Talvez Deus não faça coisa alguma... Talvez Deus não seja um agente como nós somos agentes”.
Assim, ele põe em questão duvidosa a Bíblia Sagrada, a qual revela um Deus presente, todo-poderoso, amoroso e atuante na história humana e na vida das pessoas, de forma coletiva, mas, também, individual e particular.
E Tom expõe seu pensamento panteísta: “E se Deus estiver nas coisas?”.
“A alma amorosa do universo”, sugere Tom.
Apenas “uma presença piedosa que habita e sustenta todas as coisas”.
“E se Deus estiver nas coisas” continua... “Na infinitamente complexa rede de relações e conexões que constituem a vida. No Ciclo natural de vida e morte, na criação e destruição que devem acontecer continuamente. No processo da evolução. Na incrível e magnífica complicação do mundo natural. No inconsciente coletivo, a alma da raça humana”.
E Tom explica: “Em você, em mim; mente, corpo e espírito. No Tsunami, nas vítimas. No âmago das coisas. Na presença e na ausência. Na simplicidade e na complexidade. Na mudança, no desenvolvimento e no crescimento”.
Linguagem refinada, poética e bonita, mas que despersonaliza Deus transformando-O em uma essência cósmica.
Veja o que lê propõe: “não será Deus apenas um outro nome para universo, sem existência independente alguma?”...
Para Tom Deus seria essa interdependência de tudo e do todo?
Ele continua:“Até onde podemos atribuir uma personalidade a Deus?”.
Então Tom Honey afirma que: “Ter fé nesse Deus (que nada mais é que outro nome dado a Universo e/ou que pode não ser uma personalidade) seria como confiar numa benevolência essencial no universo, e menos como acreditar num sistema doutrinário de afirmações”.
Ou seja: Para Tom Honey e muitos outros que abrigam os mesmos pensamentos, a morte nada mais é que parte de um ciclo existencial.
Novamente contraria a Bíblia Sagrada, a qual assevera que a morte é fruto da desobediência dos seres humanos diante da vontade e determinações divinas: “E ORDENOU o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” – Gênesis 2.16-17.
E o apóstolo Paulo traduz esse fenômeno que se desencadeia na vida humana da seguinte forma: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e PELO PECADO, A MORTE, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” – Romanos 5.12.
E não devemos nos esquecer do que nos diz a Carta aos hebreus: “E, como aos homens está ORDENADO morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” – Hebreus 9.27.
A morte não é, como diz Tom Honey, uma questão de ciclo natural da existência humana, mas sim, uma ruptura na seqüência da vida e um divisor desta vida humana e temporal para a vida eterna e/ou morte eterna.
A morte é uma conseqüência do pecado: “O salário (a paga) do pecado é a morte” – Romanos 6.23.
O pensamento de Tom Honey é espírita e cósmico e não Bíblico.
E quando Tom Honey questiona a possibilidade de se atribuir uma personalidade a Deus?
Na verdade Tom Honey põe dúvidas se Deus é realmente alguém. Um ser constituído de personalidade.
Para Tom, Deus está mais para o quê (coisa) do que para quem (um Ser Pessoal).
E Tom Honey ainda zomba e põe em questão a fé dos cristãos que se apóiam na Bíblia Sagrada e não em vãs filosofias... Em pensamentos humanistas como os do próprio Tom Honey o qual declara: “Como alguém pode praticar essa fé?”.
Aqui Tom Honey se refere à fé expressada pelos cristãos que apóiam tal fé numa relação pessoal com Deus e que tem por base e regra desta fé as Sagradas Escrituras.
Ou seja: Tom Honey parece não apoiar sua fé nas Escrituras Sagradas.
E Tom faz essa palestra com um ar de piedade e sinceridade tal que, se não se cuidarem, até os escolhidos poderão se desviar.
Aí Tom Honey fecha sua palestra e alcança o ápice de sua intenção, ao citar uma prática indiana (um país que cultua uma infinidade (milhões) de deuses – o Namastê – cuja saudação significa dizer: “O deus que há em mim saúda o deus que há em você”.
Ou seja: Deus está em todos e em tudo – Panteísmo.
Ao insinuar que Deus está em todos indiscriminadamente, Tom passa por cima das palavras do Senhor Jesus Cristo:
Jesus Cristo afirmou e ensinou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” – João 14.21; “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” – João 14.23.
É bom que se diga que na dita palestra veiculada pela internet, o vigário de uma Igreja na Inglaterra, em nenhum momento fala sobre Jesus Cristo.
Mas Tom Honey continua a ensinar como se desenvolve essa fé:
“Buscando uma conexão íntima com nossa essência. Se Deus está em todas as pessoas então existe um ponto de encontro onde a minha relação com você se torna num encontro a três”.
Percebe-se mais uma vez que a palavra de Tom Honey se põe totalmente contra a palavra de Deus.
Talvez Tom desconheça e/ou desacredite no que a Bíblia diz no texto abaixo:
“Não vos ponhais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há em Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor TODO-PODEROSO” – 2 Coríntios 6.14-18.
Para Tom Honey certamente não tem qualquer importância se cremos em Deus ou não, se compartilhamos da mesma fé ou não, pois, para ele, toda relação é divina.
Pelo que entendo, para Tom Honey Deus é apenas um conceito que cada um traduz e experimenta como desejar e entender ser certo e/ou achar melhor e/ou mais conveniente.
Provavelmente para Tom Honey esta seja a verdade.
Mas Tom tem mais o que nos ensinar sobre como podemos aprofundar essa fé (num Deus que não passaria de um outro nome para universo e que não tem necessariamente uma personalidade):
“Buscando a essência em todas as coisas”... “Na música, na poesia, no mundo natural de beleza e nas coisas simples da vida existe uma presença profunda que as habita e as torna excepcionais. Isso requer uma atenção profunda e uma espera paciente. Uma atitude contemplativa, uma generosidade e abertura a aqueles cujas experiências são diferentes das nossas”.
As palavras de Tom Honey professam que Deus na verdade não é uma pessoa soberana que criou e tem o Seu trono estabelecido sobre tudo e todos, mas é uma “essência”, uma “força motora”, uma “energia benevolente”, uma “consciência cósmica”, que interage com tudo porque está em tudo e porque é motivador de tudo.
É por aí que Tom Honey propõe seu pensamento de fé sobre Deus – uso, sobre, a propósito, pois não vejo a fé de Tom como uma fé proveniente de uma experiência pessoal com Deus, mas de um conceito humanista sobre Deus. Ou seja: O Deus de Tom Honey e dos que acompanham seus pensamentos é meramente conceitual.
No final, Tom confessa ter apenas “dúvidas, questionamentos e incertezas” e, que, sua sugestão era buscar “novas maneiras de pensar sobre Deus”. Como ele mesmo diz: “Maneiras que podem nos permitir prosseguir ao longo de uma nova e desconhecida estrada”, mas que afinal, a única resposta que realmente pode dar sobre tudo e sobre Deus é: “EU NÃO SEI”. E, “humildemente”, afirma que “esta pode ser a mais profunda declaração religiosa de todas” (será?).
Porque Tom não tem todas as respostas que deseja, ele se vê no direito de julgar Deus. Afinal, ele mesmo diz: “Nós exigimos respostas de Deus”.
A primeira pergunta da Bíblia Sagrada é: “Adão (ser humano), onde você está?”. Na verdade, Deus sabe muito bem onde nós estamos, mas nós mesmos não temos consciência de onde estamos. Estamos perdidos e por isso temos nos escondido atrás de argumentos humanistas dentre outros. Deveríamos fazer como Adão fez: ”Ouvi a sua voz... e temi, porque estou nu... então preferi me esconder”.
Mas pessoas como Tom Honey preferem agir como a igreja de Laodicéia a qual dizia: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta”... mas Deus revela sua verdadeira condição espiritual: “Não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” – Apocalipse 3.17.
A primeira pergunta do Novo Testamento é: ”Onde está Jesus?”.
Onde está Jesus em nossas vidas?
Jesus Cristo veio para nos encontrar e salvar e para nos revelar o glorioso Deus e Pai, amoroso e todo-poderoso, o qual tem sim todo controle de tudo e todos em suas mãos. E, portanto, Ele beneficia sim aqueles que crêem e recebem essa verdade em Cristo Jesus sem, no entanto, deixar de amar os demais, pois: “quer que todos os homens (seres humanos) sejam salvos e conheçam a verdade” – 1 Timóteo 2.4.
Mas, o caminho para que essa verdade se estabeleça é um só:
“Disse Jesus: Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida. NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM” – João 14.6;
“E em nenhum outro (a não ser Jesus Cristo) há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há (além do nome de Jesus Cristo), dado entre os homens, PELO QUAL DEVAMOS SER SALVOS” – Atos 4.12;
“Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens (seres humanos), Jesus Cristo, homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos” – 1 Timóteo 2.5-6.
Portanto, Jesus Cristo é a resposta de Deus para a humanidade.
Creia no Senhor Jesus Cristo e você experimentará a verdadeira salvação e liberdade existencial.
Que o Senhor, pelo Seu Espírito, nos ilumine.

Por: Paulo R. P. Cunha

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O ensino de Jesus sobre o Perdão

Na oração do Pai Nosso encontra-se a súplica:
“... e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores...porque se perdoardes aos homens as suas ofen-sas, também o vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mat. 6:9-15).O perdão é uma ordenança de Deus e do ponto de vista da nossa vida interna, o perdão é um ato do livre arbítrio, é uma escolha, uma opção. Você pode escolher cultivar o perdão ou pode escolher cultivar a amargura. A escolha é sua.O perdão é o miolo do processo de cura interior. O crescimento e o desenvolvimento espiritual, o amadurecimento psicológico passam necessariamente pelo perdão. E quando você vai ministrar alguém, vai precisar ensinar, em algum momento, essa pessoa a perdoar.O processo vai avançar, ou não, de acordo com essa capacidade que o homem tem de optar. Se a pessoa, lá no fundo, escolhe não perdoar, ninguém poderá demovê-la dessa decisão. A vida cristã é uma vida e um caminho de perdão, não há outro caminho. Não há outro princípio, em Cristo Jesus, para o amadurecimento, para a comunhão com Deus, senão o princípio do perdão.Jesus, em todo o Evangelho, nunca pediu para perdoar. Se você ler as palavras dele a respeito do perdão, verá que nunca foi num tom de pedido, foi sempre uma ordem, foi sempre num tom imperativo. É um mandamento divino para nós: “perdoai!”Se Jesus colocou a coisa nestes termos é porque realmente uma parte do perdão, uma parcela desse processo, depende de nós. Quando alguém, lá no fundo, decide não perdoar, consequências sérias vão acontecer na vida dessa pessoa. A vida espiritual dele ficará parada, emperrada; suas orações ficarão bloqueadas.
(extraído do livro Psicologia do Perdão - pastor Fábio Damasceno)
Fonte: Boletim Informativo - n° 31‏
www.nazarenocampinas.com.br