quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CINCO CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA GENUÍNA

Não podemos ser uma igreja mercantilista, nem egoísta. Muitas outras coisas poderíamos listar em referência aos cuidados, perigos e armadilhas aos quais a Igreja deve estar atenta. Entretanto, é mais importante "vencer o mal com o bem" (Romanos 12:21). Em lugar de apenas reforçar o lado negativo – ele é importante, pois devemos alertar sobre os desvios da verdade – faço cinco afirmações de características de uma igreja genuína, a partir de uma reflexão em Atos 4:32-35.

1. Igreja unida. Um povo de um só coração. Não podemos perder os vínculos de fraternidade, de compromisso, de batalha; sem divisão, partidarismo, ou críticas.

2. Igreja altruísta. "Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía, tudo porém lhes era comum." Preocupação com o bem estar do próximo.

3. Igreja com autoridade espiritual. "Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus." A autoridade espiritual vem da igreja praticar o que prega.

4. Vidas cheias da graça do Espírito Santo. "Em todos eles havia abundante graça". Vida cheia do Espírito Santo é vida que reconhece a graça de Deus em todas as coisas; os crentes tem que reconhecer que eles têm muito mais do que necessitam ou merecem.

5. Igreja que vive o ministério da consagração total. A igreja desprendida das coisas aqui da terra, "que pensa nas coisas do alto" – eles foram capazes de renunciar a tudo, depositando aos pés dos apóstolos.

Uma Igreja genuína tem padrão bíblico. Mas precisa de homens e mulheres com coragem para praticá-lo.

Pensamento: É preciso coragem para seguir os padrões bíblicos.

Oração: Senhor, aviva em nossos corações o desejo de sermos uma Igreja genuína, conforme os Teus padrões. Em Cristo, amém!

Leitura: 2 Pedro 3 – Jeremias 45-46 – Salmos 141


Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Loucura do Evangelho ou as Loucuras dos Evangélicos?

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios que a palavra da cruz é loucura para a mente carnal e natural, para aqueles que estão perecendo (1Co 1:18, 21, 23; 2.14; 3.19). Ele mesmo foi chamado de louco por Festo quando lhe anunciava esta palavra (Atos 26.24). Pouco antes, ao passar por Atenas, havia sido motivo de escárnio dos filósofos epicureus e estóicos por lhes anunciar a cruz e a ressurreição (Atos 17:18-32). O Evangelho sempre parecerá loucura para o homem não regenerado. Todavia, não há de que nos envergonharmos se formos considerados loucos por anunciar a cruz e a ressurreição. Como Pedro escreveu, se formos sofrer, que seja por sermos cristãos e não como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outros (1Pedro 4.15-16).

Nesta mesma linha, na carta que escreveu aos coríntios, o apóstolo Paulo, a certa altura, pede que eles evitem parecer loucos: "Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?" (1Co 14:23). Ou seja, o apóstolo não queria que os cristãos dessem ao mundo motivos para que nos chamem de loucos a não ser a pregação da cruz.

Infelizmente os evangélicos - ou uma parte deles - não deu ouvidos às palavras de Paulo, de que é válido tentarmos não parecer loucos. Existe no meio evangélico tanta insensatez, falta de sabedoria, superstição, coisas ridículas, que acabamos dando aos inimigos de Cristo um pau para nos baterem. Somos ridicularizados, desprezados, nos tornamos motivo de escárnio, não por que pregamos a Cristo, e este, crucificado, mas pelas sandices, tolices, bobagens, todas feitas em nome de Jesus Cristo.

O que vocês acham que o mundo pensa de uma visão onde galinhas falam em línguas e um galo interpreta falando em nome de Deus, trazendo uma revelação profética a um pastor? Podemos dizer que o ridículo que isto provoca é resultado da pregação da cruz? Ou ainda, o pastor pião, que depois de falar línguas e profetizar rodopia como resultado da unção de Deus? (foto) Ou ainda, a "unção do leão" supostamente recebida da parte de Deus durante show gospel, que faz a pessoa andar de quatro como um animal no palco?

Eu sei que vão argumentar que Deus falou através da burra de Balaão, e que pode falar através de galináceos ungidos. Mas, a diferença é que a burra falou mesmo. Ninguém teve uma visão em que ela falava. E deve ter falado na língua de Balaão, e não em línguas estranhas. Naquela época faltavam profetas - Deus só tinha uma burra para repreender o mercenário Balaão. Eu não teria problemas se um galinheiro inteiro falasse português na falta de homens e mulheres de Deus nesta nação. Mas não me parece que este é o caso.

Sei que Deus mandou profetas andarem nus e profetizarem e fazerem coisas estranhas como esconder cintos de couro para apodrecerem. E ainda mandou outros comerem mel silvestre e gafanhotos e se vestirem de peles de animais. Tudo isto fazia sentido naquela época, onde a revelação escrita, a Bíblia, não estava pronta, e onde estes profetas eram os instrumentos de Deus para sua revelação especial e infalível. Não vejo qualquer semelhança entre o pastor pião, a pastora leoa e o profeta Isaías, que andou nu e descalço por três anos como símbolo do que Deus haveria de fazer ao Egito e à Etiópia (Is 20:2-4).

Eu sei que o mundo sempre vai zombar dos crentes, mas que esta zombaria, como queria Paulo, seja o resultado da pregação da cruz, da proclamação das verdades do Evangelho, e não o fruto de nossa própria insensatez.

Eu não me envergonho da loucura do Evangelho, mas das loucuras de alguns que se chamam de evangélicos.

http://tempora-mores.blogspot.com/2009/10/loucura-do-evangelho-ou-as-loucuras-dos.html

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cristianizados na Terra

O que isso realmente quer dizer?

Será que ser cristianizado é tornar-se semelhante a Cristo? Em parte sim. E a idéia deveria se deter nesse aspecto, pois o Evangelho nos revela esse propósito: De nos tornarmos à semelhança de Jesus.

No entanto, temos que ter atenção peculiar em três intenções ocultas na declaração: Seremos cristianizados aqui mesmo na Terra.

1ª – A ênfase dada não a Jesus, mas a Cristo. Embora nos Evangelhos e nas Cartas, quando se faz menção de Jesus e de Cristo, se fala num só sentido e com um mesmo significado, para os adeptos da chamada “Teologia Pós-Moderna”, há uma distinção. Embora afirmem crer em Jesus, a ênfase em sua teologia prática não está em Jesus propriamente dito, mas na Sua relação com a Terra enquanto Encarnado.

Embora pareça complicado dá para simplificar: Quando a gente foca não a Jesus, mas somente seu estilo de vida e sua relação com a Terra, nós podemos ter Jesus Cristo como exemplo, mas não necessariamente como Senhor.

Apesar de ser um propósito revelado no Evangelho e nas Cartas o sermos transformados à semelhança de Jesus, o propósito principal é que Jesus seja o Senhor absoluto de nossas vidas e não somente um exemplo a ser seguido.

Jesus Cristo não é só um “padrão” a ser imitado, mas um Senhor a ser seguido.

2ª – A declaração “Seremos cristianizados aqui na Terra” carrega capciosamente um outro engano, o qual é: “Todos serão cristianizados”.

Sim, não serão apenas os que crêem, mas todos indiscriminadamente.

Por isso a ênfase tem que estar no “Cristo” e não em Jesus propriamente dito. Pois “Cristo” não é referência a uma pessoa, mas a uma missão, um propósito existencial.

Aqui cabe o pensamento de um “Teólogo Moderno” – Hegel, onde ele diz que como a “natureza” de Deus se revelou em uma personalidade humana – Jesus, assim ela continuará a ser revelada através das personalidades humanas.

Para Hegel, Jesus não era “Deus-Homem”, mas o primeiro que percebeu que Deus e o homem são um.

Na declaração: “Seremos cristianizados aqui na Terra” está embutida a crença de que em Jesus tudo e todos foram reconciliados com Deus e, portanto, o processo de cristianização já foi deflagrado.

Independentemente de como se vive e no que se crê objetivamente, todos são filhos de Deus e serão cristianizados (tornados um com Deus e em Deus).

3ª – A declaração: “Seremos cristianizados aqui na Terra”, transforma em “Mito” a crença na volta de Jesus Para arrebatar a Sua Igreja ao mesmo tempo em que buscam acabar com tal crença.

A esperança não está mais na volta de Jesus para buscar os que creram Nele e no Seu Evangelho e a partir daí, da restauração de todas as coisas, mas, sim, na transformação da humanidade como ato contínuo de sua existência terrena (aqui na Terra mesmo).

É uma recriação do mundo sem arrebatamento, sem juízo, sem destruição, sem condenação, sem conversão a Jesus (mas somente à Sua maneira de viver e de se relacionar com a Terra), enfim, essa “Teologia Pós-Moderna” crê que o mundo se tornará melhor por um processo “natural”.

Assim, com um discurso filosófico, intelectual, bonito e recheado com conceitos humanistas e ecumênicos, eles vão mentindo com a mais maligna intenção de minar a fé que uma vez foi dada aos santos.

Para aquelas pessoas sinceras em buscar o Senhor e que desejam realmente acertar o Caminho, o qual é Jesus – o Cristo, transcrevo o alerta dado pelo inesquecível discípulo e seguidor de Jesus, Richard Baxter:

“O céu reparará qualquer prejuízo que for feito para alcançá-lo; mas nada reparará o prejuízo de perdê-lo”.

Por: Paulo R. P. Cunha
Obs.: A quem interessar e desejar dar uma olhada, outros textos meus podem ser encontrados e lidos no site da Editora Ultimato. www.ultimato.com.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A AGRESSÃO DA CRUZ


O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung dizia que a cruz nos agride. Sendo filho de pastor protestante, mesmo não praticante da fé dos pais, sabia o que estava dizendo. A cruz é a confrontação daquilo que somos. Sendo ela um instrumento de execução, portanto, de morte, ela nos acusa no seu silêncio. Vazia, ela nos faz lembrar que Alguém nela executado, tomou o nosso lugar. Éramos nós que deveríamos estar ali e não Aquele que nela esteve. A teologia paulina, a mais esclarecedora do mistério da cruz nos ensina o porquê dela.
Na carta aos Romanos, Paulo afirma que todos somos pecadores e, portanto, destituídos da graça de Deus. O pecado havia nos separado de Deus. Sua santidade não podia conviver com nossa transgressão, assim, estamos afastados da presença de Deus.
Em meio a esta afirmação vem outra do mesmo apóstolo, que dizia que Aquele que não conheceu pecado, se fez pecado por nós, deixando-se encravar no madeiro.
A justiça divina satisfeita por Aquele que nos substitui na cruz é o grande marco do cristianismo. O Cordeiro Santo, sem mácula, deixa-se levar ao madeiro e se torna nossa Justiça. Justificados, pois mediante a fé, temos paz com Deus, mediante Jesus Cristo, o Senhor, escreve Paulo aos Romanos.
Sim, a cruz nos agride. Nós não gostamos dela. Ela fala de quem somos e do preço que foi pago sobre ela.
Quando lemos que a cruz foi legalmente proibida de ser exposta nos lugares públicos de Roma, Itália, ficamos como que abismados, pois foi de lá que se propagaram as “cruzadas” para conquistar o mundo sob a égide: “com este sinal venceremos...” Da cidade mais religiosa, supostamente, do planeta, levanta-se o “escândalo da cruz...” Que contradição!
Ao mesmo tempo a cruz não pode estar no meio dos hipócritas, de congressos desmoralizados, em tribunais injustos, tendo-a exposta na parede tão somente como mero símbolo.
A cruz sempre será erguida. Sempre haverá, em todas as gerações, pessoas fiéis à sua mensagem, que proclamarão seu genuíno significado. Ela será sempre “loucura para os que se perdem, mas símbolo da vitória para os que crêem”.
A correta teologia bíblica da cruz no-la apresenta vazia. Um símbolo. Um brado de vitória. Não há corpo sobre ela. O Vitorioso por ela passou, usou-a como ponte para salvar o homem. Venceu a morte e ressuscitou. Ela está vazia... Por isso ela nos fala e nos agride. Ele está vivo!

Pr. Aguiar
Igreja do Nazareno
Campinas-SP

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Por Jesus Cristo e Por Seu Evangelho

Deito-me e sei

Ele está a me espreitar

Desperto e me levanto

Há algo que necessito fazer

Percebo-o andando ao derredor

Seu rugido e sua baba revelam o desejo em me devorar

Seus vassalos estão armados até os dentes

Todos direcionam seus olhos malignos em minha direção

Espiam-me a todo tempo

Sem cessar lançam dardos envenenados

Intentam me derrubar

Eu reconheço quem é meu inimigo

Compreendo não ser contra carne e sangue a minha luta

O escuda da minha fé é como uma poderosa redoma que me protege

Onde todos os dardos inflamados do maligno são destruídos

A couraça da Justiça de Deus me envolve o peito

Lugar onde guardo meu bom depósito

A certeza que com Jesus e em Deus triunfarei

Verdade que me cingi

Convicção que produz paz e confiança no meu Aliado

Espada flamejante tomo em minha mão

Quando brandida faz refulgir uma gloriosa Luz

A qual corta por dentro e por fora

Meus inimigos tremem diante dela

Estou calçado

Meus pés caminham com um propósito

Uma missão divina

O que faz com meus inimigos percebam que não há como retroceder

Só avançar

Passos firmes e avante

Há determinação e ausência de medo

Há uma forte ligação entre os meus pés e meus olhos

Estão direcionados para o mesmo objetivo

Fazer a vontade de Deus

Inclino-me para ver melhor

É quando o capacete que está sobre minha cabeça emite um reflexo

Foi como se o céu baixasse como um grande rolo

Onde todos os meus inimigos puderem ver e ler:

A Maravilhosa Graça Salvadora

Ao verem o rolo e lerem a frase

Ficaram, a uma, confundidos

Não conseguiam compreender o que realmente aquilo significava

Mas sabiam que não podiam contra aquilo

Aquela graça era poderosa demais contra eles

Momento no qual uma visão se descortinou ao redor de mim

Entre eles e eu

E todos viram o grande exército dos céus

E quando eu bradava:

Mais numeroso e poderoso é o exército que está a meu favor

Meus inimigos apavorados gritavam:

Eles são infinitamente mais poderosos do que nós... Estamos perdidos

Foi quando toda treva foi dissipada pela Divina Luz

E no meio da Luz aparece um Guerreiro Magnífico

Vestido com uma veste longa e cintilante

Presa por um cinto de Ouro Puríssimo

A Sabedoria lhe era por cabelo

Seus olhos penetrantes como o fogo

Seus pés eram poderosos e e reluziam como o latão refinado

Quando falava era a Voz sobre toda voz, pois falava com toda autoridade

Na sua mão havia uma espada afiadíssima

E o seu rosto era a própria fonte de Luz

Diante do Magnífico todos caíram por terra

Até os joelhos mais resistentes se dobraram

E ouviu-se por todos os lugares e de todas as bocas:

Ele é o Filho do Deus vivo! Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores!

Ele é o Filho do Altíssimo! Ele é Jesus Cristo, o Salvador!

À Ele seja a honra, e a glória, e o poder, e o domínio, para sempre!

Jesus, o Magnífico, então olha para mim e diante de todos diz:

Não tenha medo, pois eu lhe dou poder sobre seus inimigos.

“Você tem autoridade sobre todos os demônios”

“Ninguém poderá lhe resistir todos os dias da sua vida”

“Porque Eu sou com você e por você. Eu estou do seu lado”

“Portanto, não tenha medo de nada”

“Eu já venci por você. Vai e cumpre sua missão”

“Você já é um vencedor!”

Diante do que Ele, Jesus, o Magnífico, disse...

Meus inimigos temeram muitíssimo

E, a uma, se perguntaram:

Se Deus é por ele, quem será contra ele?

E eu, brandindo no ar minha espada flamejante bradei enquanto avançava:

Por Jesus Cristo e por Seu Evangelho!

Por: Paulo R. P. Cunha