quinta-feira, 30 de julho de 2009

QUEM PLANTA, COLHE!

A família tem sido fundamental para a formação do indivíduo que se coloca na sociedade, pois fornece a formação básica do ser humano nas dimensões bio-psico-social. Enquanto instituição social, não dispensa a autoridade dos pais para fiscalizar a coesão intragrupal no atendimento das necessidades dos seus membros.

A respeito do processo social de interação recíproca denominada socialização, discorre com maestria TURNER, Jonathan H. Sociologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Makron Books, 1999. p. 75.: “Todos nós nos tornamos humanos através da interação com outros, e nela adquirimos uma personalidade, aprendemos como nos adaptarmos em sociedade e organizarmos nossas vidas. Esse processo de socialização na cultura e estrutura social é vital para a sociedade e para o indivíduo. Sem socialização não saberíamos o que valorizar, o que fazer, como pensar, como conversar, para onde ir ou como reagir. Não seríamos homens.”

No relato bíblico da galeria dos heróis da fé que pode ser lido em Hebreus capitulo 11, versículo 7, temos: “Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, ...”. Um exemplo de pai que não se conformou com o tipo de sociedade corrupta, desumana, egoísta, incrédula, frouxa em princípios imprescindíveis.

Atualmente os meios de comunicação parecem trazer prejuízos no que diz respeito à transmissão dos valores familiares, chamando de falido o modelo patriarcal e também não oferecendo alternativas à sociedade.

A respeito do poder da mídia enquanto instrumento poderoso de difusão de valores, ideologias, sentimentos e aspirações, VILA NOVA, Sebastião. Introdução à Sociologia. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000. p. 174.: “A unilateralidade predominante na interação feita com a intermediação dos modernos meios de comunicação de massa – cinema, rádio, televisão, jornal – é um eficientíssimo e, por isto mesmo, perigoso instrumento de dominação e manipulação das massas, através da transmissão de crenças e valores, bem como, em conseqüência, da formação de opiniões e atitudes.”

Existe crise de autoridade dos pais na família esclarece CASTRO, op. cit. p. 101: “Todas as instituições possuem uma autoridade que as encabeça e se orientam por ela. Quando essa autoridade perde o poder, duas opções manifestam-se: ou a pessoa portadora da autoridade será substituída, ou a instituição imerge em crise. Esse fenômeno lembra-nos o pensamento assaz repetido de Lao Tsé: “Se o teu poder não mais recebe respeito, um outro poder está a caminho.” Essa crise familiar é um fenômeno global e provoca conseqüências em todos os demais setores institucionais, contribuindo decisivamente para a formação de indivíduos que não respeitam regras, limites, causando desajustes sociais.

Pais lembrem-se “... há tempo de plantar e tempo de colher...” (Eclesiastes 3:2). A cultura atual descrita por Margaret Mead como sendo pós-figurativa, em que as gerações mais jovens ditam as regras sociais, tem se dado devido ao fenômeno das inovações tecnológicas. Hoje quando adquirimos qualquer aparelho eletrônico são nossos filhos quem nos ensinam a usá-los. Tal atitude tem deixado a geração adulta inerte e até influenciada pelo modo de vestir-se, comer e falar da geração jovem. Assim sendo não seria verdadeiro afirmar que as crianças mudaram, francamente é a geração adulta que se indispôs a educar, escritores como Içami Tiba e Augusto Cury defendem uma urgente revisão nesta cultura permissiva que predomina na educação de lares e escolas brasileiras. Chegamos ao extremo da necessidade uma ‘Super Nany’ expor em rede nacional a ignorância dos pais quanto princípios básicos para a organização do lar e consequentemente da sociedade.

Só vamos colher o que plantarmos, esta lei é incontestável!

Rev. Pedro Domingos Pereira Neto.

Pastor da Igreja do Nazareno em Picos

E-mail: minhaesperanza@hotmail.com



FIZ A REDAÇÃO O TEMA ERA “ALCOOLISMO”

Esse foi o tema da prova do vestibular para o curso de licenciatura em filosofia da UFPI. Esse seria um problema de saúde publica? O que é beber socialmente uma desculpa para se entregar com o prazer ao que tem trazido muitos males a sociedade, me pergunta por que esse tema será um alerta do mal que é o alcoolismo?
O que a bebida alcoólica na sociedade? Farei um breve resumo histórico.
A história da humanidade está permeada pelo consumo de álcool, sua utilização como bebida estimulante vem desde a antiguidade. Especulava Santo-Domingo que o homo erectus era consumidor de absinto há aproximadamente 250.000 anos antes. Através da arqueologia, revelou-se que os primeiros indícios sobre o consumo de álcool pelo ser humano são datados de aproximadamente de 8000 a 6000 a.C, Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem na Pré-História, mais precisamente durante o período Neolítico quando houve a aparição da agricultura e a invenção da cerâmica. O vinho e a cerveja são as bebidas mais antigas de consumo humano, na Europa e Ásia foram encontrados fósseis de folhas e sementes de uva em cavernas pré-históricas. É possível também que o habito de beber tenha tido origem, não uma única vez, mas várias vezes na história, em diferentes regiões geográficas, onde tivesse atingido maior desenvolvimento agrícola. Não podemos nos esquecer, porém, que a maioria das drogas (ÁLCOOL) surgiu e existe para o bem. O homem parece ter nascido com o dom de inventar substâncias que aliviam a dor ou curam as mais variadas doenças, o problema é que o uso inadequado de algumas destas substâncias podem levar à destruição e à morte do próprio homem.
Os celtas, gregos, romanos, egípcios e babilônios registraram de alguma forma o consumo e a produção de bebidas alcoólicas, onde no Oriente Médio já se fabricava o vinho, sendo portanto, um costume extremamente antigo e que vem persistindo por milhares de anos. Desde aquele tempo, imaginou-se o álcool como uma substância divina, podendo ser encontrado em inúmeros exemplos: na mitologia, na Bíblia, o Antigo Testamento afirma que Noé plantou vinha, E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha. ( Livro de Gênesis cap.9 versículo 20), fabricou vinho e embriagou-se. Seu filho que voltava do trabalho no campo o encontrou nu e por isso foi amaldiçoado, mostrando dessa forma, já nos primórdios da civilização, um desencontro familiar registrado no livro sagrado.
Na Grécia antiga, a primeira bebida alcoólica usada foi o hidromel, que era obtido a partir da fermentação de mel e água misturados. Logo essa bebida foi substituída pelo vinho das parreiras gregas que ganharam fama pelo seu sabor e aroma, acompanhando os costumes dos povos vizinhos os gregos usavam o vinho com fins medicinais, religiosos e hedonísticos. É possível até, que a embriaguez pelo vinho tenha inspirado a própria mitologia grega criando lendas como “complexo de Édipo, o homem que amava a própria mãe, o complexo de Electra, mulher que se apaixona pelo pai, o de Cronos, o pai que devorou os próprios filhos”, sendo que até hoje influenciam muitos aspectos da psicologia e da condição humana.
No auge da civilização grega (por volta de 500 a.C.), nos tempos dos filósofos Sócrates, Platão, Aristóteles, o uso do vinho foi abrandado, fazendo parte agora de hábitos de hospitalidade e vida social. As bebedeiras só aconteciam em ocasiões especiais. Entretanto, em Atenas, ainda aconteciam exageros no beber, preocupando autoridades da época clássica, sendo criticado duramente por Sócrates e Platão. Diziam os ilustres pensadores que o “uso imoderado do álcool ou de qualquer outro elemento da vida causava a desarmonia e a perda da luz do espírito”.
Na Europa cristã, a comercialização do vinho e da cerveja cresce durante este período, assim como sua regulamentação. A intoxicação alcoólica (bebedeira) deixa de ser apenas condenada pela igreja e passa a ser considerada como um pecado por esta instituição.
Durante a Renascença, passa a haver a fiscalização dos cabarés e tabernas, sendo estipulados horários de funcionamento destes locais. Os cabarés e tabernas eram considerados locais onde as pessoas podiam se manifestar livremente e o uso de álcool participavam dos debates políticos que mais tarde vão desencadear na Revolução Francesa.
No Brasil a bebida alcoólica usada por nossos índios era o cauim, uma bebida fermentada a partir da mandioca cozida ou de sucos de cajú ou de milho, que também eram cozidos em vasilhame de cerâmica.
Devido sua atuação no sistema nervoso central, o álcool é tido como uma droga psicotrópica, provocando alterações no comportamento de quem usa, além de ser potencialmente capaz de promover dependência. O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas cujo consumo é admitido e até incentivado pela sociedade, particularmente a ocidental. Dessa forma o álcool é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas. Apesar de seu consumo ter ampla aceitação na sociedade, o seu uso, quando excessivo, passa a ser um problema. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, frequência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo.
O consumo de álcool é um problema de saúde pública e a compreensão desse comportamento sendo muito complexa. Ramos e Woitowitz (2004), ao realizarem uma revisão sobre o alcoolismo, constataram que cerca de 90% da população adulta no mundo ocidental consome bebida alcoólica e, entre esses, 10% fará um uso nocivo de álcool e outros 10% acabarão desenvolvendo uma dependência, o que pode ser compreendido da seguinte forma: de cada cinco bebedores, um terá problemas de saúde devido ao consumo de bebida alcoólica.[1]

Segundo pesquisas mais recentes demonstra dados admiráveis relacionados ao consumo do álcool no Brasil. Carlini, Galduróz, Noto e Nappo (2002) realizaram um estudo nas 107 maiores cidades brasileiras, com uma amostra de 47.045.907 pessoas e os resultados mostraram um aumento significativo ao consumo de álcool e outras drogas na maioria das cidades. Dos sujeitos entrevistados, 68,7% usaram bebidas alcoólicas na vida e 11,2% apresentam dependência dessa substância, correspondendo a um total de 5.283.000 pessoas. [2] Galduroz e Caetano (2004) descrevem um estudo do ano de 2000, no qual foram incluídas as 24 maiores cidades do país, num total de 2.411 entrevistas e foi estimado que 6,6% da população apresentou dependência do álcool.[3]

Rev. Pedro Domingos Pereira Neto.
Pastor da Igreja do Nazareno em Picos

E-mail: minhaesperanza@hotmail.com


1Ramos, S.P. & Woitowitz, A.B. (2004). Da cervejinha com os amigos à dependência de álcool: uma síntese do que sabemos sobre esse percurso. Revista Brasileira de Psiquiatria, 26 (supl.1), 18-22.[2] Carlini, E.A.; Galduróz, J.C.; Noto, A.R. & Nappo, S.A. (2002). I Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil. São Paulo: UNIFESP. Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.

O HOMEM NÃO PODE VIVER SEM CONVEÇÃO

Todo volume de estudo já realizado sobre o homem afirma categoricamente que ele é um ser social; e como tal se torna indispensável o uso de convenções para que ocorra o bom relacionamento interpessoal.
Podemos percebe através da narração bíblica da torre de Babel a extrema necessidade da boa comunicação para a realização de um projeto comum social. Na ocasião aquela sociedade construía com sucesso uma torre, que não sendo aprovado por decreto divino se fazia necessário a interrupção daquele projeto. O relato bíblico fala-nos do Deus Yaveh tornando impossível a comunicação, dividindo entre eles línguas estrangeiras. Agora o todo social não se entendia, portanto não se comunicavam.
Culturalmente tem se criado convenções que facilitam a comunicação, a vida social. Apesar deste momento histórico que vivenciamos, de um mundo pós-moderno onde o relativismo impera, percebemos que não dá para viver dando um sentido pessoal a todas as coisas, em muitas situações precisamos nos amoldar as convenções para podermos entender o outro e nos fazer entender ao outro.
Na sociedade atual as convenções nos remetem a algo ultrapassado, portanto, sem valor. Mas ao refletirmos um pouco veremos que as convenções têm a sua preciosa utilidade. Precisamos fazer uma tradução do nosso passado e atualizá-lo, é assim que se evolui. Respeitando as convenções estabelecidas e modificando quando o conjunto social, pelas novas vivencias, assim reivindicar.

Rev. Pedro Domingos Pereira Neto.
Pastor da Igreja do Nazareno em Picos

terça-feira, 28 de julho de 2009

Cuidado com o outro evangelho

Alguém aconselhou:

"Nunca agradeça por bênçãos que não são universais".
Será que só devo expressar gratidão a Deus quando todos e não somente eu sou agraciado por Ele?
Seria a minha alma ingrata ou diria ao Senhor que suas bênçãos não são bem-vindas?
Será um erro de Deus abençoar alguém individualmente e particularmente?
Será que o mundo determinou a Deus que ou Ele aja universalmente ou então que recolha a Sua mão?
Não seria a benção universalizada uma extensão da benção particularizada?
De graça recebeu de graça dá!
Mas receberão a virtude (o poder) do Espírito Santo e compartilharão com todas as pessoas!
Consolados para consolar; abençoados para abençoar; curados para levar esperança aos doentes de alma e de corpo; salvos para anunciar a salvação e apontar o Salvador.
Quando Deus age na minha vida isso é também uma certeza de que Ele pode agir na vida do meu próximo e de todos os seres humanos.
Paulo, o apóstolo, disse:
“Em tudo (por tudo) agradeça”
Alguém escreveu:
“Deus, de tão perfeito, conheceu a plenitude do tédio”
Coitado de Deus. Chega a dar pena.
De tão perfeito se tornou em um ser insatisfeito.
Só faltou tal pessoa aconselhar:
Queridos não escutem a Jesus Cristo quando lhes ordena a se tornarem perfeitos como o Pai celestial é perfeito, pois isso os levaria a experimentarem uma vida tediosa, horrível e sem graça.
E quando ouvirem dizer que a vontade de Deus para vocês é boa, PERFEITA e agradável, entendam como perfeita, uma condição de alegria e auto-aceitação na imperfeição e com o imperfeito.
Eu já ouvi e li muita tolice, mas essa...
Está quase insuperável.
Quem fez tal afirmação deveria receber o prêmio de “O Maior Tolo Dentre os Homens”.
Até porque tal pessoa de tão tola não parou por aí.
Acrescentou ainda outra afirmativa digna de celebração... Pelos tolos:
“Deus cansou-se da previsibilidade de um mundo sem pecado”.
É... Realmente, um mundo sem pecado seria uma aberração.
Gente, como o pecado é bom e faz bem à vida e à alma...
Acho que ninguém discorda disso, não é?
A Bíblia estava errada: O pecado não afasta os seres humanos de Deus; O pecado não gera morte espiritual; O pecado é uma benção e não uma maldição como a Bíblia afirma.
É de “pensadores” assim que o mundo carece.
Desculpem a minha ironia, mas é só tolice, tolice e mais tolice.
Já ouvi dizer que para da sabedoria a pessoa migrar para a loucura não é preciso muito, mas apenas um passo além de onde a sabedoria parou.
Então, dá para entender.
Alguém afirmou:
“Sem crises a vida seria um tédio”
Nossa (vou ser irônico de novo; me perdoe), eu adoro ler e assistir jornais.
Fico eufórico quando me deparo com uma sociedade em caos.
Me alimento de esperança a cada notícia de violência, morte ou estupro.
Me animo com as crises entre Países; E folgo quando vejo pessoas vivendo (vivendo?)
em lugares que quem fez tal afirmativa acima, nunca chegou sequer perto.
Aliás, não sei se você já reparou, mas essas pessoas que vivem trazendo tais
afirmações vivem com bons salários, moram em lugares caros e bem guardados, fazem compras em Shopping Center; freqüentam bons restaurantes, vivem viajando, circulam pela cidade em bons e novos carros, seus filhos estão em escolas e faculdades particulares e, geralmente, ganham seu sustento daqueles que lêem o que escrevem ou escutam suas palestras...
Essas pessoas devem saber o que realmente é viver em crise.
É como se dissessem:
Você que mora na favela, que não consegue pagar suas contas, que nem mesmo consegue ter o mínimo necessário para uma vida digna... Você não vê como sua vida é uma aventura?
E você que convive com a violência e o crime bem ao lado da sua casa? Não percebe a
vida de grandes emoções que está ao seu redor?
Isso é que é vida!
Para essas pessoas que apregoam que uma vida sem crise é sem graça, o céu deve ser um lugar para onde suas almas não aspiram ir. Devem gostar mesmo é daqui da terra, onde podem viver de forma emocionante os perigos de cada dia.
O que o apóstolo e discípulo amado de Jesus, João, falou: “O mundo todo jaz (está debaixo; está sob o poder) no maligno”, não representa nada mais que uma maneira de João ver a situação na qual ele vivia na época e não tem nada a ver com os tempos atuais (aliás, hoje está bem pior, diga-se de passagem).
Cuidado com essas pessoas, pois não defendem uma condição humana, mas um conceito humanista sobre tudo, inclusive sobre Deus.
Ouça o que a Bíblia diz: “Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” – (Gl. 1.8-9).
E ainda diz: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não de Cristo” – (Cl. 2.8).
Tem muita coisa “bonita” sendo dita por aí, mas que não pertencem ao Evangelho de Cristo.
Na verdade, não passam de Outro Evangelho.
Cuidado!
Aprenda a ouvir e ler os “mensageiros” do mundo pós-moderno da mesma forma que os antigos: Leia e ouça à luz da Palavra de Deus – A Bíblia Sagrada.

Por: Pr Paulo Cunha
Igreja Betesda Maranata

Fonte: http://www.ultimato.com.br/?pg=mural&local=mural_show&util=1&registro=1802

A Mais Bela Igreja

"Assim as igrejas eram confirmadas na fé, e dia a dia cresciam em número" (Atos 16:5).
"A igreja não é um lugar e sim uma pessoa; não um aprisco e sim um rebanho; não um edifício sagrado e sim uma reunião de pessoas que crêem. A igreja somos nós que oramos, não onde nós oramos. Uma estrutura de tijolos ou mármore não é, para uma igreja, mais do que uma roupa de tecido ou cetim para uma pessoa. Não há nada sagrado neste mundo a não ser o homem, nenhum santuário de Deus a não ser a alma."

Nós somos a igreja do Senhor, o canal de bênçãos para todos os que estão perdidos, aflitos, sem fé ou esperança, sem amor e sem uma razão de viver. Fomos escolhidos e enviados pelo Senhor Jesus para semear a Sua Palavra, para levar conforto e paz, para mostrar que nem tudo está perdido e que Deus sempre está de braços abertos para socorrer e abençoar.

A palavra que proclamamos tem poder, a oração que fazemos pode transformar vidas e lares, pode mudar uma situação, pode iluminar uma cidade às escuras. A presença do Filho de Deus em um lugar faz toda a diferença. Os holofotes enganosos do mundo são apagados e em seu lugar se acende o brilho da presença de Deus.

Às vezes nos preocupamos em construir edifícios suntuosos,paredes de pedras, interiores de granito e tudo o mais que,julgamos, farão de nossa "igreja" um lugar de grande beleza e atrativo. Mas o que precisa ser bonita é a verdadeira igreja: a que está no interior, de joelhos, cantando e louvando, orando pelo bem das pessoas e de toda a nação. A igreja mais bela que podemos ter é um povo santo, de mãos limpas, coração puro, com muito amor pelos que estão ao redor.

Você se vangloria de pertencer a uma igreja bonita ou glorifica a Deus por Ele lhe fazer uma bela e abençoada igreja?

(texto de Paulo Barbosa)

Salvos da Imperfeição

Como as pessoas humanas enxergam a vida é diferente de como Deus vê a vida.
O entendimento de Deus é infinitamente superior ao entendimento de todos os demais seres viventes.
Os caminhos, os projetos, os planos de Deus são incomparavelmente mais nobres e elevados do que qualquer caminho, projeto ou plano humano.
O caminho de Deus é perfeito.
Qualquer caminho humano, por melhor que pareça, sem Deus, é imperfeito.
Foi o próprio Deus quem disse:
“Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos”... “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” – Isaias 55.8-9.
Sendo assim, ainda que busquemos a felicidade, ela não será plena em nós, sem que sua origem e experiência estejam em Deus;
Ainda que busquemos a paz, se não for a paz estabelecida pelo Príncipe da Paz, então a paz que desfrutaremos será condicional, circunstancial e eventual, ou seja, não será estável;
Se desejamos fazer do mundo (habitat) um lugar melhor, temos que ir além das nossas boas intenções e estratégias de restauração e preservação... Necessitamos andar no Caminho e vontade de Deus, pois o Caminho de Deus é perfeito, a vontade de Deus é perfeita e os planos e atos de Deus são perfeitos.
Os seres humanos buscam na filosofia e na experiência meramente terrena sua sabedoria de vida e existência... Sem a sabedoria de Deus tornam-se vazios e loucos.
A sabedoria de Deus é perfeita e perfeito é todo saber por Deus revelado.
Enquanto a sabedoria de Deus é luz que dissipa toda treva, a sabedoria dos seres humanos não passa de uma velinha que presume poder manter-se acesa em meio aos ventos misteriosos da existência e que poderá por si só, iluminar todo o universo existencial. O que é um engano.
Só a sabedoria ilumina e instrui todo ser humano integralmente.
Eis a sabedoria de Deus: “Deus é luz e Nele não há treva nenhuma” – 1 João 1.5.
Quando Deus se fez carne (ou encarnou), do Deus encarnado (Jesus Cristo) se diz: “Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo ser humano no mundo” – João 1.9.
A Palavra de Deus é perfeita, pois a Palavra de Deus é a revelação da Sabedoria de Deus e a Palavra de Deus ilumina a mente e o caminho do ser humano: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho” – Salmo 119.105.
E por isso é uma Palavra perfeita e poderosa para mover na vida e com a vida de toda pessoa que a escuta e recebe: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” – Hebreus 4.12.
A Palavra de Deus é a sabedoria revelada de Deus.
Por que buscamos conselhos menos sábios se temos a Palavra (sabedoria revelada) de Deus?
A sabedoria de Deus diz que é porque os seres humanos estão perdidos e cegos em meio às trevas existenciais e não apenas não conseguem perceber tal deficiência em si mesmos, como acreditam que a resposta sobre a existência está em suas próprias mentes – “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” – Romanos 1.22.
Tiago “mete a colher” nessa questão de sabedoria humana x sabedoria de Deus: “Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia” – Tiago 3.13-17.
A sabedoria dos seres humanos é tão rasa e medíocre que nem lhes abre os olhos existências como os conduz a calabouços cada vez mais escuros. Por mais estranho que pareça, preferem cavar mais ainda suas covas a que sair delas.
O amor de Deus é perfeito.
O amor de Deus é perfeito primeiramente pela própria essência do amar.
Ou seja, o amor de Deus é perfeito, porque Deus ama com perfeição.
O amor de Deus não é como o amor dos seres humanos: volúvel, inconstante, falho e em muito egoísta e em nada altruísta. O amor humano em via de regra busca a satisfação e a realização de si mesmo e por isso mesmo, depende de retorno e/ou motivação do “objeto” amado.
O amor de origem meramente humana é obsessivo, muitas vezes possessivo, não poucas vezes interesseiro, e tem em si mesmo uma busca de satisfação pessoal marcada por uma pitada deveras significante de vaidade.
Já o amor de Deus é pleno e íntegro em sua entrega; é puro e verdadeiro em sua relação; é santo, espontâneo e voluntarioso no seu trato; e traz liberdade, cura e salvação como fruto na vida daquele que o percebe e desfruta; é compassivo e restaurador; é justo e disciplinador; o amor de Deus é eterno e, por isso mesmo, nada pode mudá-lo e/ou diminuí-lo. O amor de Deus não necessita de motivações e ou retorno do “objeto” amado, pois é um amor pleno.
O amor de Deus é perfeito porque Deus é perfeito e Deus é amor. Por isso Deus é a fonte onde toda pessoa que deseja o verdadeiro amor e o perfeito amar deve beber.
Sim, Deus é perfeito. Por isso o Caminho de Deus é perfeito; por isso a Vontade de Deus é perfeita; por isso a Palavra de Deus é perfeita; por isso as Obras de Deus são perfeitas; por isso a Graça de Deus é perfeita; por isso a Salvação de Deus é perfeita; por isso o amor de Deus é perfeito.
E o perfeito Deus se fez gente. Se fez gente e foi gente perfeita enquanto viveu e existiu entre as gentes.
Na Pessoa de Jesus, o Cristo, o perfeito Deus mostrou a todo ser humano o que é a perfeita obediência ao Pai celestial (Deus); a perfeita fé (conhecimento de Deus e do que Deus quer e pode fazer); a perfeita adoração; a perfeita conduta; a perfeita relação com Deus e com as pessoas; a perfeita dependência de Deus; o perfeito poder do Espírito Santo; a perfeita relação com a vida presente e com a vida eterna.
Foi para isso que Jesus Cristo veio nos salvar. Jesus Cristo veio nos salvar da imperfeição existencial e nos conduzir à perfeita existência. Isso sim representa viver e viver com abundância.
A vida só pode ser plena e perfeita se for vivida com Deus, em Deus e para Deus. E isso só é perfeitamente possível quando nos cremos em Jesus e nos tornamos seus discípulos. E isso quer dizer que só experimentaremos a vida perfeita e abundante de Deus em Cristo, quando renunciarmos nossa busca de vivermos por nossa própria conta e por nossa própria sabedoria e morrermos para nós mesmos e abraçarmos à sabedoria de Deus e deixarmos que o perfeito Cristo reino em nossos corações.
Creia em Jesus e você será salvo da imperfeição existencial e terá a vida eterna e, verá quão gloriosa é a vida de quem anda com Deus – O Perfeito; e será perfeito como você Pai celestial é perfeito.

Por: Paulo R. P. Cunha
Pastor da Igreja Betesda Maranata
Curitiba-PR