quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Sacola de desculpas

Em todos os acontecimentos ou situações pelas quais passamos, acumulamos experiências que tendem a nos levar à maturidade. Não vivemos para cometer erros, mas durante a nossa caminhada podemos errar. Contudo, Deus deseja que todos os Seus filhos cresçam, alcançando a estatura de varão perfeito.


Um dos principais inimigos do nosso crescimento são as “desculpas”. Através das “desculpas” e da “auto-justificação”, muitas pessoas se colocam em uma posição na qual se sentem plenamente maduras, como que não precisando aprender mais nada. Outras, através das desculpas, se consideram incapazes de crescer, pois têm medo dos novos desafios. Por trás dos dois casos está o orgulho.


Usamos o termo “sacola de desculpas” para ilustrar o comportamento daquelas pessoas que sempre têm uma desculpa pronta para toda e qualquer situação. Ela carrega essa sacola para cima e para baixo e, todas as vezes em que é solicitada para fazer algo, ou confrontada com alguma situação, vai logo retirando a sua desculpa da sacola: “O outro faz melhor que eu”. “Eu não consigo”. “Isto está além das minhas forças”. “Foi culpa dele”. “Cresci assim, não tenho como mudar”. “Estou assim por causa do mundo corrupto”. “A carne é fraca”. “O diabo é sujo”.


Precisamos ter em mente que nós somos responsáveis por determinar onde queremos chegar, tanto no âmbito profissional quanto no ministerial ou familiar. O nosso futuro é determinado pelas escolhas que fazemos.


Deus quer que desfrutemos o Seu plano perfeito para as nossas vidas. Entretanto isso só acontecerá se decidirmos tomar posse e crescer.


A primeira desculpa!


“Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi” (Gn 3.12)


Toda desculpa é dada para justificar algo pelo qual não queremos assumir a responsabilidade! Logo após ter desobedecido a Deus, Adão, ao ser questionado a respeito do pecado, tentou usar uma desculpa. “Foi a mulher que me deste”. Adão, com medo do que havia feito, joga toda a culpa em Deus, por ter lhe dado uma mulher, e em Eva, por lhe ter oferecido o fruto.


Na maioria das vezes começamos a usar desculpas que pensamos ser sem importância, mas quando nos damos conta estamos totalmente dependentes delas. A Bíblia nos ensina que devemos desviar de toda aparência do mal!


O diabo é sujo


Algumas pessoas usam desta desculpa o tempo todo. Quero deixar bem claro que isso é verdade! O diabo veio para roubar, matar e destruir (Jo 10.10), mas somos nós que decidimos pecar ou andar na corda bamba perto do pecado. Ninguém é obrigado a pecar!


Somos nós que escolhemos o canal de TV que assistimos, o site que entramos ou até mesmo os lugares que freqüentamos. Toda escolha implica em conseqüências. Apresentar desculpas para encobrir erros apenas as tornarão piores.


Não tenha medo da situação


“Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito. Então, disse Moisés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?” (Ex 3.10-11)


“Então, disse Moisés ao SENHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloqüente, nem outrora, nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua” (Ex 4.10).


Vemos aqui uma passagem da qual podemos tirar um grande aprendizado. Deus fala para Moisés que ele libertaria o povo das mãos de faraó. Por causa do medo de tão grande responsabilidade Moisés tenta se apoiar na desculpa de que ele não sabia falar bem. Mesmo Deus lhe mostrando que era Ele que o capacitaria, Moisés insistia em apoiar-se em suas desculpas, chegando a despertar a ira de Deus (Ex 4.14).

Não precisamos ter medo de nenhum dos planos de Deus para a nossa vida. É Deus quem nos capacita para cumprir todos eles.


Escondermos-nos atrás das nossas limitações nos fará apenas permanecer na posição em que nos encontramos, deixando de crescer e de desfrutar da plenitude das bênçãos de Deus para as nossas vidas.


Assim como Deus está sempre disponível para nos abençoar, precisamos estar dispostos a fazer tudo aquilo que agrada o Seu coração. Desculpas são para os fracos!

Precisamos crescer!


Não podemos nos escorar em desculpas que nos levam a esconder os nossos erros. Adão poderia ter assumido seu erro, mas preferiu culpar Deus e sua esposa. Errar não é nosso objetivo final. Se errarmos, devemos nos levantar, aprender com nossos erros, e prosseguir. Deus não somente apresenta Sua vontade para nós, Ele também nos capacita a cumpri-la.


Autor: Leandro da Silva Machado
Fonte: http://www.institutojetro.com
http://www.estudosbiblicos.org/sacola-de-desculpas/

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Crente Fica Doente?

Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer acometidos de doenças e males terminais.
Uma breve consulta feita à Capelania Hospitalar de grandes hospitais de algumas capitais do nosso país revela que há números elevados de evangélicos hospitalizados por todos os tipos de doença que acometem as pessoas em geral. A proporção de evangélicos nos hospitais acompanha a proporção de evangélicos no país. As doenças não fazem distinção religiosa.
Para muitos evangélicos, os crentes só adoecem e não são curados porque lhes falta fé em Deus. Todavia, apesar do ensino popular que a fé nos cura de todas as enfermidades, os hospitais e clínicas especializadas estão cheias de evangélicos de todas as denominações – tradicionais, pentecostais e neopentecostais –, sofrendo dos mais diversos tipos de males. Será que poderemos dizer que todos eles – sem exceção – estão ali porque pecaram contra Deus, ficaram vulneráveis aos demônios e não têm fé suficiente para conseguir a cura?
É nesse ponto que muitos evangélicos que adoeceram, ou que têm parentes e amigos evangélicos que adoeceram, entram numa crise de fé. Muitos, decepcionados com a sua falta de melhora, ou com a morte de outros crentes fiéis, passam a não crer mais em nada e abandonam as suas igrejas e o próprio Evangelho. Outros permanecem, mas marcados pela dúvida e incerteza. Eu gostaria de mostrar nesse post, todavia, que mesmo homens de fé podem ficar doentes, conforme a Bíblia e a História nos ensinam.
1. Há diversos exemplos na Bíblia de homens de fé que adoeceram. Ao lermos a Bíblia como um todo, verificamos que homens de Deus, cheios de fé, ficaram doentes e até morreram dessas enfermidades. Um deles foi o próprio profeta Eliseu. A Bíblia diz que ele padeceu de uma enfermidade que finalmente o levou a morte: “Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer” (2Re 13.14). Outro, foi Timóteo. Paulo recomendou-lhe um remédio caseiro por causa de problemas estomacais e enfermidades freqüentes: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1Tm 5.23).
Ao final do seu ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele mesmo não conseguiu curar: “Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto” (2Tm 4.20).O próprio Paulo padecia do que chamou de “espinho na carne”. Apesar de suas orações e súplicas, Deus não o atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal (2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os Gálatas: “a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto” (Gl 4.14). Alguns acham que era uma doença nos olhos, pois logo em seguida Paulo diz: “dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4.15). Também podemos mencionar Epafrodito, que ficou gravemente doente quando visitou o apóstolo Paulo: “[Epafrodito] estava angustiado porque ouvistes que adoeceu. Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Fp 2.26-27).
Temos ainda o caso de Jó, que mesmo sendo justo, fiel e temente a Deus, foi afligido durante vários meses por uma enfermidade, que a Bíblia descreve como sendo infligida por Satanás com permissão de Deus: “Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se” (Jó 2.7-8). O grande servo de Deus, Isaque, sofria da vista quando envelheceu, a ponto de não saber distinguir entre Jacó e Esaú: “Tendo-se envelhecido Isaque e já não podendo ver, porque os olhos se lhe enfraqueciam” (Gn 27.1). Esses e outros exemplos poderiam ser citados para mostrar que homens de Deus, fiéis e santos, foram vitimados por doenças e enfermidades.
2. O mesmo ocorre na História da Igreja. Nem mesmo cristãos de destaque na história da Igreja escaparam das doenças e dos males. João Calvino era um homem acometido com freqüência de várias enfermidades. Mesmo aqueles que passaram a vida toda defendendo a cura pela fé também sofreram com as doenças. Alguns dos mais famosos acabaram morrendo de doenças e enfermidades. Um deles foi Edward Irving, chamado o pai do movimento carismático. Pregador brilhante, Irving acreditava que Deus estava restaurando na terra os dons apostólicos, inclusive o da cura divina. Ainda jovem, contraiu uma doença fatal. Morreu doente, sozinho, frustrado e decepcionado com Deus.
Um outro caso conhecido é o de Adoniran Gordon, um dos principais líderes do movimento de cura pela fé do século passado. Gordon morreu de bronquite, apesar da sua fé e da fé de seus amigos. A. B. Simpson, outro líder do movimento da cura pela fé, morreu de paralisia e arteriosclerose. Mais recentemente, morreu John Wimber, vitimado por um câncer de garganta. Wimber foi o fundador da igreja Vineyard Fellowship (“A Comunhão da Vinha ou Videira”) e do movimento moderno de “sinais e prodígios”. Ele, à semelhança de Gordon e Simpson, acreditava que pela fé em Cristo, o crente jamais ficaria doente. Líderes do movimento de cura pela fé no Brasil também têm ficado doentes. Não poucos deles usam óculos, para corrigir defeitos na vista e até têm defeito físico nas mãos.
O meu ponto aqui é que cristãos verdadeiros, pessoas de fé, eventualmente adoeceram e morreram de enfermidades, conforme a Bíblia e a História claramente demonstram. O significado disso é múltiplo, desde o conceito de que as doenças nem sempre representam falta de fé até o fato de que Deus se reserva o direito soberano de curar quem ele quiser.

Augustus Nicodemus Lopes - http://tempora-mores.blogspot.com

Fonte: http://www.estudosbiblicos.org/category/estudos-biblicos/curas-e-milagres/

Contribuindo para o reino de Deus

Entenda o que Deus nos ensina a respeito do dinheiro.

Os abusos quanto ao levantamento de recursos financeiros praticados por algumas igrejas acabaram por tornar bastante delicada a questão da contribuição financeira nas igrejas evangélicas em geral. O abuso, porém, não invalida a realidade de que as igrejas genuinamente evangélicas precisam de recursos para manter seus trabalhos regulares. A Bíblia nos ensina várias coisas acerca do dinheiro.

1) De quem é o dinheiro? Todas as riquezas que existem no mundo pertencem a Deus, por direito de criação (Salmo 24.1) e por direito de capacitação, isto é, é Deus quem nos dá saúde, forças e oportunidades para ganharmos dinheiro (Deut 8.18). O cristão deve se conscientizar­ de que ele é apenas gerente­, e não dono dos recursos de que dispõe.

2) Deus tem um plano para o dinheiro­ que nos confia. (a) Devemos suprir as nossas necessidades e da nossa família. Deus sabe que temos necessidades (Mateus 6.31-32) e que o dinheiro­ é usado­ para supri-las (Atos 20.34). (b) Deus deseja abençoar outros por nosso intermédio. Devemos usar nossos recursos para ajudar os irmãos que estão passando por necessidade (Romanos 12.3), aqueles que são pobres (Deut 15.7-8). (c) Devemos usar o dinheiro­ para sustentar a obra de Deus neste mundo, através das contribuições regulares e proporcionais que fazemos para a Igreja e organizações evangélicas envolvidas com a evangelização do mundo e as obras sociais. (d) Através do dinheiro, Deus quer mostrar seu poder e bênção, suprindo as nossas necessidades (Mateus 6.33), despertando assim gratidão em nosso coração (Deut 8.18) e recompensando fielmente os que contribuem de forma voluntária e regular para sua obra (Malaquias 3.10). Todo cristão sincero deveria refletir sobre o uso que faz do dinheiro, lembrando que prestará contas a Deus, como um gerente presta contas ao proprietário.

3) Princípio gerais para o uso do dinheiro. A Bíblia nos ensina muitas coisas sobre como devemos gastar o dinheiro que Deus nos permite ganhar. Quando observamos estes princípios, podemos evitar mais facilmente a escravidão financeira. Eis aqui alguns deles. (a) Aprender a gastar sabiamente. Devemos planejar nossos gastos (Lucas 14.28-30; Provérbios 19.2) e parar com despesas desnecessárias (Isaías 55.1-2). (b) Não presumamos da graça de Deus. Conheci um casal cristão que comprou um bem valioso e pagou com cheque pré-datado, orando para Deus mandar o dinheiro­. O dinheiro não veio, e a coisa acabou na justiça, com péssimo testemunho contra o Evangelho. Não devemos tentar a Deus querendo ter um padrão de vida que é acima dos nossos recursos. (c) Pratique a respiração financeira. O Senhor Jesus nos ensina em Lucas 6.37-38 que recebemos na mesma proporção em que damos. É verdade que Deus nos abençoa financeiramente apesar de nossa falta de amor para com outros, mas ele tem prometido abençoar de forma especial os que dão abundantemente para os necessitados. (d) Evite estas coisas o máximo que puder: tomar emprestado para comprar algo que se desvaloriza facilmente (Deut 15.6; Prov 22.7); ficar por fiador de estranhos (Prov 11.15; 17.18).

O dinheiro tem escravizado muitos cristãos. Mas quando aprendemos a usá-lo segundo os ensinos da Bíblia, torna-se instrumento do bem aqui neste mundo.

Autor: Rev. Augustus Nicodemus Lopes - Estudo disponível no site da Igreja Presbiteriana do Brasil
Os abusos quanto ao levantamento de recursos financeiros praticados por algumas igrejas acabaram por tornar bastante delicada a questão da contribuição financeira nas igrejas evangélicas em geral. O abuso, porém, não invalida a realidade de que as igrejas genuinamente evangélicas precisam de recursos para manter seus trabalhos regulares. A Bíblia nos ensina várias coisas acerca do dinheiro.

1) De quem é o dinheiro? Todas as riquezas que existem no mundo pertencem a Deus, por direito de criação (Salmo 24.1) e por direito de capacitação, isto é, é Deus quem nos dá saúde, forças e oportunidades para ganharmos dinheiro (Deut 8.18). O cristão deve se conscientizar­ de que ele é apenas gerente­, e não dono dos recursos de que dispõe.

2) Deus tem um plano para o dinheiro­ que nos confia. (a) Devemos suprir as nossas necessidades e da nossa família. Deus sabe que temos necessidades (Mateus 6.31-32) e que o dinheiro­ é usado­ para supri-las (Atos 20.34). (b) Deus deseja abençoar outros por nosso intermédio. Devemos usar nossos recursos para ajudar os irmãos que estão passando por necessidade (Romanos 12.3), aqueles que são pobres (Deut 15.7-8). (c) Devemos usar o dinheiro­ para sustentar a obra de Deus neste mundo, através das contribuições regulares e proporcionais que fazemos para a Igreja e organizações evangélicas envolvidas com a evangelização do mundo e as obras sociais. (d) Através do dinheiro, Deus quer mostrar seu poder e bênção, suprindo as nossas necessidades (Mateus 6.33), despertando assim gratidão em nosso coração (Deut 8.18) e recompensando fielmente os que contribuem de forma voluntária e regular para sua obra (Malaquias 3.10). Todo cristão sincero deveria refletir sobre o uso que faz do dinheiro, lembrando que prestará contas a Deus, como um gerente presta contas ao proprietário.

3) Princípio gerais para o uso do dinheiro. A Bíblia nos ensina muitas coisas sobre como devemos gastar o dinheiro que Deus nos permite ganhar. Quando observamos estes princípios, podemos evitar mais facilmente a escravidão financeira. Eis aqui alguns deles. (a) Aprender a gastar sabiamente. Devemos planejar nossos gastos (Lucas 14.28-30; Provérbios 19.2) e parar com despesas desnecessárias (Isaías 55.1-2). (b) Não presumamos da graça de Deus. Conheci um casal cristão que comprou um bem valioso e pagou com cheque pré-datado, orando para Deus mandar o dinheiro­. O dinheiro não veio, e a coisa acabou na justiça, com péssimo testemunho contra o Evangelho. Não devemos tentar a Deus querendo ter um padrão de vida que é acima dos nossos recursos. (c) Pratique a respiração financeira. O Senhor Jesus nos ensina em Lucas 6.37-38 que recebemos na mesma proporção em que damos. É verdade que Deus nos abençoa financeiramente apesar de nossa falta de amor para com outros, mas ele tem prometido abençoar de forma especial os que dão abundantemente para os necessitados. (d) Evite estas coisas o máximo que puder: tomar emprestado para comprar algo que se desvaloriza facilmente (Deut 15.6; Prov 22.7); ficar por fiador de estranhos (Prov 11.15; 17.18).

O dinheiro tem escravizado muitos cristãos. Mas quando aprendemos a usá-lo segundo os ensinos da Bíblia, torna-se instrumento do bem aqui neste mundo.

Autor: Rev. Augustus Nicodemus Lopes - Estudo disponível no site da Igreja Presbiteriana do Brasil

Fonte: http://www.estudosbiblicos.org/contribuindo-para-o-reino-de-deus/

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

C.S. Lewis sobre ir à igreja

Estava conversando com alguém sobre igreja (para variar) e me lembrei de uma história envolvendo C. S. Lewis e um velho santo de botas de borracha. Como não conseguia achar essa história em nenhum dos livros do C. S. Lewis que possuo, decidi “googar” por ela e a achei no blog Mere Theology.

C. S. Lewis frequentou a mesma igrejinha durante trinta anos. A experiência não tinha nada de extraordinário a cada semana. A maior parte daqueles anos Lewis não se importava muito com os sermões; ele até mesmo sentava-se atrás de um pilar para que o ministro não visse suas expressões faciais. Ele ía ao culto sem música porque não gostava dos hinos. E saía logo após a comunhão da Ceia provavelmente porque não gostava de se envolver nas conversas com os outros membros depois do culto. Mas a longa obediência numa mesma direção moldou a vida de Lewis de um modo que nada mais poderia.

Uma vez perguntaram para Lewis: “É necessário frequentar um culto ou ser membro de uma comunidade cristã para um modo cristão de vida?”

Sua resposta foi a seguinte: “Esta é uma pergunta que eu não posso responder. Minha própria experiência é que logo que eu me tornei um cristão, cerca de quatorze anos atrás, eu pensava que poderia me virar sozinho, me retirando a meu quarto e lendo teologia, e não frequentava igrejas ou estudos bíblicos; e então mais tarde eu descobri que era o único modo de você agitar sua bandeira; e, naturalmente, eu descobri que isso significava ser um alvo. É extraordinário o quão inconveniente para sua família é você ter que acordar cedo para ir à Igreja. Não importa tanto se você tem que acordar cedo para qualquer outra coisa, mas se você acorda cedo para ir àigreja é algo egoísta de sua parte e você irrita todos na casa. Se há qualquer coisa no ensinamento do Novo Testamento que é na natureza de mandamento, é que você é obrigado a participar do Sacramento e você não pode fazer isso sem ir à igreja. Eu não gostava muito dos seus hinos, os quais eu considerava poemas de quinta categoria com música de sexta categoria. Mas à medida em que eu ia eu vi o grande mérito disso. Eu me vi diante de pessoas diferentes de aparência e educação diferentes, e meu conceito gradualmente começou a se desfazer. Eu percebi que os hinos (os quais eram apenas música de sexta categoria) eram, no entanto, cantados com tamanha devoção e entrega por um velho santo calçando botas de borracha no banco ao lado, e então você percebe que você não está apto sequer para limpar aquelas botas. Isso o liberta de seu conceito solitário.” (C. S. Lewis, God in the Dock, pp 61-62)

Autor: Sandro Baggio

Fonte: http://www.sandrobaggio.com

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CINCO CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA GENUÍNA

Não podemos ser uma igreja mercantilista, nem egoísta. Muitas outras coisas poderíamos listar em referência aos cuidados, perigos e armadilhas aos quais a Igreja deve estar atenta. Entretanto, é mais importante "vencer o mal com o bem" (Romanos 12:21). Em lugar de apenas reforçar o lado negativo – ele é importante, pois devemos alertar sobre os desvios da verdade – faço cinco afirmações de características de uma igreja genuína, a partir de uma reflexão em Atos 4:32-35.

1. Igreja unida. Um povo de um só coração. Não podemos perder os vínculos de fraternidade, de compromisso, de batalha; sem divisão, partidarismo, ou críticas.

2. Igreja altruísta. "Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía, tudo porém lhes era comum." Preocupação com o bem estar do próximo.

3. Igreja com autoridade espiritual. "Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus." A autoridade espiritual vem da igreja praticar o que prega.

4. Vidas cheias da graça do Espírito Santo. "Em todos eles havia abundante graça". Vida cheia do Espírito Santo é vida que reconhece a graça de Deus em todas as coisas; os crentes tem que reconhecer que eles têm muito mais do que necessitam ou merecem.

5. Igreja que vive o ministério da consagração total. A igreja desprendida das coisas aqui da terra, "que pensa nas coisas do alto" – eles foram capazes de renunciar a tudo, depositando aos pés dos apóstolos.

Uma Igreja genuína tem padrão bíblico. Mas precisa de homens e mulheres com coragem para praticá-lo.

Pensamento: É preciso coragem para seguir os padrões bíblicos.

Oração: Senhor, aviva em nossos corações o desejo de sermos uma Igreja genuína, conforme os Teus padrões. Em Cristo, amém!

Leitura: 2 Pedro 3 – Jeremias 45-46 – Salmos 141


Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Loucura do Evangelho ou as Loucuras dos Evangélicos?

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios que a palavra da cruz é loucura para a mente carnal e natural, para aqueles que estão perecendo (1Co 1:18, 21, 23; 2.14; 3.19). Ele mesmo foi chamado de louco por Festo quando lhe anunciava esta palavra (Atos 26.24). Pouco antes, ao passar por Atenas, havia sido motivo de escárnio dos filósofos epicureus e estóicos por lhes anunciar a cruz e a ressurreição (Atos 17:18-32). O Evangelho sempre parecerá loucura para o homem não regenerado. Todavia, não há de que nos envergonharmos se formos considerados loucos por anunciar a cruz e a ressurreição. Como Pedro escreveu, se formos sofrer, que seja por sermos cristãos e não como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outros (1Pedro 4.15-16).

Nesta mesma linha, na carta que escreveu aos coríntios, o apóstolo Paulo, a certa altura, pede que eles evitem parecer loucos: "Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?" (1Co 14:23). Ou seja, o apóstolo não queria que os cristãos dessem ao mundo motivos para que nos chamem de loucos a não ser a pregação da cruz.

Infelizmente os evangélicos - ou uma parte deles - não deu ouvidos às palavras de Paulo, de que é válido tentarmos não parecer loucos. Existe no meio evangélico tanta insensatez, falta de sabedoria, superstição, coisas ridículas, que acabamos dando aos inimigos de Cristo um pau para nos baterem. Somos ridicularizados, desprezados, nos tornamos motivo de escárnio, não por que pregamos a Cristo, e este, crucificado, mas pelas sandices, tolices, bobagens, todas feitas em nome de Jesus Cristo.

O que vocês acham que o mundo pensa de uma visão onde galinhas falam em línguas e um galo interpreta falando em nome de Deus, trazendo uma revelação profética a um pastor? Podemos dizer que o ridículo que isto provoca é resultado da pregação da cruz? Ou ainda, o pastor pião, que depois de falar línguas e profetizar rodopia como resultado da unção de Deus? (foto) Ou ainda, a "unção do leão" supostamente recebida da parte de Deus durante show gospel, que faz a pessoa andar de quatro como um animal no palco?

Eu sei que vão argumentar que Deus falou através da burra de Balaão, e que pode falar através de galináceos ungidos. Mas, a diferença é que a burra falou mesmo. Ninguém teve uma visão em que ela falava. E deve ter falado na língua de Balaão, e não em línguas estranhas. Naquela época faltavam profetas - Deus só tinha uma burra para repreender o mercenário Balaão. Eu não teria problemas se um galinheiro inteiro falasse português na falta de homens e mulheres de Deus nesta nação. Mas não me parece que este é o caso.

Sei que Deus mandou profetas andarem nus e profetizarem e fazerem coisas estranhas como esconder cintos de couro para apodrecerem. E ainda mandou outros comerem mel silvestre e gafanhotos e se vestirem de peles de animais. Tudo isto fazia sentido naquela época, onde a revelação escrita, a Bíblia, não estava pronta, e onde estes profetas eram os instrumentos de Deus para sua revelação especial e infalível. Não vejo qualquer semelhança entre o pastor pião, a pastora leoa e o profeta Isaías, que andou nu e descalço por três anos como símbolo do que Deus haveria de fazer ao Egito e à Etiópia (Is 20:2-4).

Eu sei que o mundo sempre vai zombar dos crentes, mas que esta zombaria, como queria Paulo, seja o resultado da pregação da cruz, da proclamação das verdades do Evangelho, e não o fruto de nossa própria insensatez.

Eu não me envergonho da loucura do Evangelho, mas das loucuras de alguns que se chamam de evangélicos.

http://tempora-mores.blogspot.com/2009/10/loucura-do-evangelho-ou-as-loucuras-dos.html

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cristianizados na Terra

O que isso realmente quer dizer?

Será que ser cristianizado é tornar-se semelhante a Cristo? Em parte sim. E a idéia deveria se deter nesse aspecto, pois o Evangelho nos revela esse propósito: De nos tornarmos à semelhança de Jesus.

No entanto, temos que ter atenção peculiar em três intenções ocultas na declaração: Seremos cristianizados aqui mesmo na Terra.

1ª – A ênfase dada não a Jesus, mas a Cristo. Embora nos Evangelhos e nas Cartas, quando se faz menção de Jesus e de Cristo, se fala num só sentido e com um mesmo significado, para os adeptos da chamada “Teologia Pós-Moderna”, há uma distinção. Embora afirmem crer em Jesus, a ênfase em sua teologia prática não está em Jesus propriamente dito, mas na Sua relação com a Terra enquanto Encarnado.

Embora pareça complicado dá para simplificar: Quando a gente foca não a Jesus, mas somente seu estilo de vida e sua relação com a Terra, nós podemos ter Jesus Cristo como exemplo, mas não necessariamente como Senhor.

Apesar de ser um propósito revelado no Evangelho e nas Cartas o sermos transformados à semelhança de Jesus, o propósito principal é que Jesus seja o Senhor absoluto de nossas vidas e não somente um exemplo a ser seguido.

Jesus Cristo não é só um “padrão” a ser imitado, mas um Senhor a ser seguido.

2ª – A declaração “Seremos cristianizados aqui na Terra” carrega capciosamente um outro engano, o qual é: “Todos serão cristianizados”.

Sim, não serão apenas os que crêem, mas todos indiscriminadamente.

Por isso a ênfase tem que estar no “Cristo” e não em Jesus propriamente dito. Pois “Cristo” não é referência a uma pessoa, mas a uma missão, um propósito existencial.

Aqui cabe o pensamento de um “Teólogo Moderno” – Hegel, onde ele diz que como a “natureza” de Deus se revelou em uma personalidade humana – Jesus, assim ela continuará a ser revelada através das personalidades humanas.

Para Hegel, Jesus não era “Deus-Homem”, mas o primeiro que percebeu que Deus e o homem são um.

Na declaração: “Seremos cristianizados aqui na Terra” está embutida a crença de que em Jesus tudo e todos foram reconciliados com Deus e, portanto, o processo de cristianização já foi deflagrado.

Independentemente de como se vive e no que se crê objetivamente, todos são filhos de Deus e serão cristianizados (tornados um com Deus e em Deus).

3ª – A declaração: “Seremos cristianizados aqui na Terra”, transforma em “Mito” a crença na volta de Jesus Para arrebatar a Sua Igreja ao mesmo tempo em que buscam acabar com tal crença.

A esperança não está mais na volta de Jesus para buscar os que creram Nele e no Seu Evangelho e a partir daí, da restauração de todas as coisas, mas, sim, na transformação da humanidade como ato contínuo de sua existência terrena (aqui na Terra mesmo).

É uma recriação do mundo sem arrebatamento, sem juízo, sem destruição, sem condenação, sem conversão a Jesus (mas somente à Sua maneira de viver e de se relacionar com a Terra), enfim, essa “Teologia Pós-Moderna” crê que o mundo se tornará melhor por um processo “natural”.

Assim, com um discurso filosófico, intelectual, bonito e recheado com conceitos humanistas e ecumênicos, eles vão mentindo com a mais maligna intenção de minar a fé que uma vez foi dada aos santos.

Para aquelas pessoas sinceras em buscar o Senhor e que desejam realmente acertar o Caminho, o qual é Jesus – o Cristo, transcrevo o alerta dado pelo inesquecível discípulo e seguidor de Jesus, Richard Baxter:

“O céu reparará qualquer prejuízo que for feito para alcançá-lo; mas nada reparará o prejuízo de perdê-lo”.

Por: Paulo R. P. Cunha
Obs.: A quem interessar e desejar dar uma olhada, outros textos meus podem ser encontrados e lidos no site da Editora Ultimato. www.ultimato.com.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A AGRESSÃO DA CRUZ


O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung dizia que a cruz nos agride. Sendo filho de pastor protestante, mesmo não praticante da fé dos pais, sabia o que estava dizendo. A cruz é a confrontação daquilo que somos. Sendo ela um instrumento de execução, portanto, de morte, ela nos acusa no seu silêncio. Vazia, ela nos faz lembrar que Alguém nela executado, tomou o nosso lugar. Éramos nós que deveríamos estar ali e não Aquele que nela esteve. A teologia paulina, a mais esclarecedora do mistério da cruz nos ensina o porquê dela.
Na carta aos Romanos, Paulo afirma que todos somos pecadores e, portanto, destituídos da graça de Deus. O pecado havia nos separado de Deus. Sua santidade não podia conviver com nossa transgressão, assim, estamos afastados da presença de Deus.
Em meio a esta afirmação vem outra do mesmo apóstolo, que dizia que Aquele que não conheceu pecado, se fez pecado por nós, deixando-se encravar no madeiro.
A justiça divina satisfeita por Aquele que nos substitui na cruz é o grande marco do cristianismo. O Cordeiro Santo, sem mácula, deixa-se levar ao madeiro e se torna nossa Justiça. Justificados, pois mediante a fé, temos paz com Deus, mediante Jesus Cristo, o Senhor, escreve Paulo aos Romanos.
Sim, a cruz nos agride. Nós não gostamos dela. Ela fala de quem somos e do preço que foi pago sobre ela.
Quando lemos que a cruz foi legalmente proibida de ser exposta nos lugares públicos de Roma, Itália, ficamos como que abismados, pois foi de lá que se propagaram as “cruzadas” para conquistar o mundo sob a égide: “com este sinal venceremos...” Da cidade mais religiosa, supostamente, do planeta, levanta-se o “escândalo da cruz...” Que contradição!
Ao mesmo tempo a cruz não pode estar no meio dos hipócritas, de congressos desmoralizados, em tribunais injustos, tendo-a exposta na parede tão somente como mero símbolo.
A cruz sempre será erguida. Sempre haverá, em todas as gerações, pessoas fiéis à sua mensagem, que proclamarão seu genuíno significado. Ela será sempre “loucura para os que se perdem, mas símbolo da vitória para os que crêem”.
A correta teologia bíblica da cruz no-la apresenta vazia. Um símbolo. Um brado de vitória. Não há corpo sobre ela. O Vitorioso por ela passou, usou-a como ponte para salvar o homem. Venceu a morte e ressuscitou. Ela está vazia... Por isso ela nos fala e nos agride. Ele está vivo!

Pr. Aguiar
Igreja do Nazareno
Campinas-SP

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Por Jesus Cristo e Por Seu Evangelho

Deito-me e sei

Ele está a me espreitar

Desperto e me levanto

Há algo que necessito fazer

Percebo-o andando ao derredor

Seu rugido e sua baba revelam o desejo em me devorar

Seus vassalos estão armados até os dentes

Todos direcionam seus olhos malignos em minha direção

Espiam-me a todo tempo

Sem cessar lançam dardos envenenados

Intentam me derrubar

Eu reconheço quem é meu inimigo

Compreendo não ser contra carne e sangue a minha luta

O escuda da minha fé é como uma poderosa redoma que me protege

Onde todos os dardos inflamados do maligno são destruídos

A couraça da Justiça de Deus me envolve o peito

Lugar onde guardo meu bom depósito

A certeza que com Jesus e em Deus triunfarei

Verdade que me cingi

Convicção que produz paz e confiança no meu Aliado

Espada flamejante tomo em minha mão

Quando brandida faz refulgir uma gloriosa Luz

A qual corta por dentro e por fora

Meus inimigos tremem diante dela

Estou calçado

Meus pés caminham com um propósito

Uma missão divina

O que faz com meus inimigos percebam que não há como retroceder

Só avançar

Passos firmes e avante

Há determinação e ausência de medo

Há uma forte ligação entre os meus pés e meus olhos

Estão direcionados para o mesmo objetivo

Fazer a vontade de Deus

Inclino-me para ver melhor

É quando o capacete que está sobre minha cabeça emite um reflexo

Foi como se o céu baixasse como um grande rolo

Onde todos os meus inimigos puderem ver e ler:

A Maravilhosa Graça Salvadora

Ao verem o rolo e lerem a frase

Ficaram, a uma, confundidos

Não conseguiam compreender o que realmente aquilo significava

Mas sabiam que não podiam contra aquilo

Aquela graça era poderosa demais contra eles

Momento no qual uma visão se descortinou ao redor de mim

Entre eles e eu

E todos viram o grande exército dos céus

E quando eu bradava:

Mais numeroso e poderoso é o exército que está a meu favor

Meus inimigos apavorados gritavam:

Eles são infinitamente mais poderosos do que nós... Estamos perdidos

Foi quando toda treva foi dissipada pela Divina Luz

E no meio da Luz aparece um Guerreiro Magnífico

Vestido com uma veste longa e cintilante

Presa por um cinto de Ouro Puríssimo

A Sabedoria lhe era por cabelo

Seus olhos penetrantes como o fogo

Seus pés eram poderosos e e reluziam como o latão refinado

Quando falava era a Voz sobre toda voz, pois falava com toda autoridade

Na sua mão havia uma espada afiadíssima

E o seu rosto era a própria fonte de Luz

Diante do Magnífico todos caíram por terra

Até os joelhos mais resistentes se dobraram

E ouviu-se por todos os lugares e de todas as bocas:

Ele é o Filho do Deus vivo! Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores!

Ele é o Filho do Altíssimo! Ele é Jesus Cristo, o Salvador!

À Ele seja a honra, e a glória, e o poder, e o domínio, para sempre!

Jesus, o Magnífico, então olha para mim e diante de todos diz:

Não tenha medo, pois eu lhe dou poder sobre seus inimigos.

“Você tem autoridade sobre todos os demônios”

“Ninguém poderá lhe resistir todos os dias da sua vida”

“Porque Eu sou com você e por você. Eu estou do seu lado”

“Portanto, não tenha medo de nada”

“Eu já venci por você. Vai e cumpre sua missão”

“Você já é um vencedor!”

Diante do que Ele, Jesus, o Magnífico, disse...

Meus inimigos temeram muitíssimo

E, a uma, se perguntaram:

Se Deus é por ele, quem será contra ele?

E eu, brandindo no ar minha espada flamejante bradei enquanto avançava:

Por Jesus Cristo e por Seu Evangelho!

Por: Paulo R. P. Cunha

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Redenção

Um tolo coração se ilude

E de tanto sofrer acaba tornando-se rude

Uma tola mente se engana

E quando cauterizada a todo o seu ser profana

Corpo caído ao chão

Entorpecido chamava seu desejo de paixão

Agora está arrasado

Por ver que em seus sentimentos fora pisado

Rédeas da vida mal guiadas

Que o conduziram por vias mal trilhadas

Fechou-se obstinado para a verdade

E preferiu abraçar a falsidade

Tudo pelo prazer do momento

Sem perceber que só poderia terminar em tal sofrimento

Solidão, solidão, solidão

Até mesmo quando em meio à multidão

Pensava conhecer o amor

Agora está coberto de pavor

Ah (exclama), se eu soubesse que ia terminar assim

Que esse seria afinal o meu fim

Procura por socorro então

Seus olhos percorrem os quatro cantos da terra em vão

Então ali com o coração partido

Percebe-se totalmente rendido e desiludido

Não consegue se levantar

Mas tenta pelo menos uma oração balbuciar

Pequei, pequei contra Ti

Perdoa-me e purifica-me pelo pecado que cometi

Se em tudo e por tudo ainda tens por mim amor

Que nessa minha humilhação encontre eu o Teu favor

Pois não tenho forças nem ao menos para me levantar

Careço de Tua redenção, vem me salvar

Entrego a Ti o que resta do meu estilhaçado coração

Recebe-o por Tua graça então

Entenderei se não me ouvires

E se em meu socorro não vires

Dei-Te as costas por todos esses anos

Por ter abraçado em meu seio os meus próprios enganos

Mas se ainda há para mim alguma esperança

Torna-me de novo como uma criança

Terminada assim essa sincera oração

E antes que fechasse definitivamente seus olhos, ali caído ao chão

Eis que resplandece uma brilhante e branquíssima luz

E vê no meio dela um como se fosse o próprio Jesus

Sim, sim, era o próprio Senhor

Vindo em sua direção para a vida lhe repor

Abraçou-lhe ainda deitado

E contou-lhe como e de tal maneira o tem sempre amado

Mostrou-lhe as feridas dos pés e de cada mão

Marcas da Sua crucificação

Disse-lhe que Nele a sua vida estava remida

Que viera para que tivesse abundante vida

E logo transformou-se glorioso então

E contou-lhe sobre Sua ressurreição

Depois se levantou e disse-lhe:

Levanta-te e torna a viver

E naquele momento aquele quase morto coração viu-se renascer

E um novo cântico fluiu dos lábios seus

Um cântico de gratidão e louvor a Deus

Por: Paulo R. P. Cunha

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

BENEFÍCIO SIMULTÂNEO


Ciências como a Psicologia, Neurologia e Epidemiologia já estão comprovando cientificamente que: Ajudar o próximo traz benefícios para a saúde de quem ajuda. Fazer o bem é bom para o coração, o sistema nervoso, o sistema imunológico, aumenta a expectativa de vida e a vitalidade de um modo geral.
É bom notarmos que a evolução da ciência finalmente está chegando mais próximo das verdades bíblicas a tantos séculos revelada. Inúmeros são os textos bíblicos que nos ensinam sobre fazer o bem ao outro, dentre eles temos a parábola do bom samaritano, proferida pelo próprio Cristo, e que tinha real interesse de demonstrar até que ponto devemos ir para ajudar o próximo. Naquela situação havia um judeu caído ao chão e inconsciente, vítima de assalto. Dentre os que foram confrontados com aquela circunstância, a bíblia relata que apenas um se dispôs ao socorro imediato, exatamente um samaritano, que por questões político-religiosas não se dava com os judeus.
O que percebemos então? Que aquele benfeitor rompeu preconceitos, investiu recursos próprios, dividiu seu tempo, se comprometeu com a recuperação, fez esforço físico, e o mais importante, esteve sensível a necessidade do próximo. Aquela ajuda fez toda a diferença na vida do necessitado, possivelmente o salvando até da morte.
Que benfeitorias estarão registradas na história da nossa vida? Será que alguém testemunhará de nossas ações caridosas?
Nestes dias o bairro Vila da Paz em Teresina perdeu um cidadão do bem, o Padre Pedro Balzi, e entre as várias declarações gostaria de expor a da Nayara Christina, ex-aluna da escola idealizada por ele: “... tudo que hoje esse bairro tem é graças a ele e aos seus esforços incansáveis, durante dias e noites dando, buscando e ajudando sempre os mais necessitados da comunidade. Um trabalho que eternamente será lembrado pela comunidade da Vila da Paz”. (http://www.45graus.com.br/geral)
O Apóstolo Tiago escreveu: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado." (Tiago 4 : 17). Conforme lemos, a Palavra de Deus afirma que quando eu sei o que tenho que fazer e não o faço estou contrariando uma lei divina, então me parece que não temos escolhas diante de uma oportunidade. Não devemos medir esforços para fazer o bem, e quando agimos desta maneira nos sentimos bem porque fomos úteis, no fundo do nosso coração sempre queremos agir desta maneira, mas os temores egoístas de sermos explorados, de perdemos tempo, de dividir recursos, entre outros, tem nos levado a indiferença. Se usarmos a nossa capacidade para realizar benfeitorias, para enaltecer o valor da vida, para fazer com o próximo aquilo gostaríamos que alguém fizesse por nós, viveremos muito melhor.
Os benefícios psicológicos resultante da ajuda ao próximo são tão reais que já foram até documentados em um projeto realizado nos Estados Unidos ao longo de dez anos com 2700 pessoas, segundo matéria veiculada no site Geocities (http://www.geocities.com/seijirovix). O dar e receber afeta também diretamente o nosso sistema imunológico. Segundo os teóricos, ao fazer o bem, despertamos gratidão e afeto, sentimentos que nos provocam uma sensação de bem estar. Essa sensação é causada pelas endorfinas produzidas naturalmente pelo cérebro. Só o fato de contemplarmos alguém prestando ajuda a outro, já altera nosso sistema imunológico. Após a exibição de um filme mostrando madre Teresa de Calcutá cuidando de doentes e moribundos, análises químicas feitas evidenciaram um aumento de imunoglobulina A, um anticorpo que ajuda a defender o organismo contra infecções respiratórias.
A consciência que fazer o bem é bom para a saúde, pode ter um profundo efeito social. Observemos pois em nossa volta, tenhamos um olhar sensível, ajamos com prontidão e não desprezemos a valiosa oportunidade de experimentarmos a mais doce sensação de bem estar gerada quando ajudamos alguém. Tenha muita saúde, ajude o máximo que puder!
"Faça todo o bem que você puder, com todos os recursos que você puder, por todos os meios que você puder, em todos os lugares que você puder, em todos os tempos que você puder, para todas as pessoas que você puder, sempre e quando você puder." (John Wesley)
Rev. Pedro Domingos Pereira Neto.
Pastor da Igreja do Nazareno em Picos

E-mail: minhaesperanza@hotmail.com

terça-feira, 29 de setembro de 2009

MISSÃO POSSÍVEL



Falar de problemas, de crise, de política ou de economia, é fácil e dessas coisas falam todos os dias a mídia em geral.
Vamos falar de nós mesmos e do nosso poder de mudança; do que podemos fazer para superar os problemas e dar a direção que queremos à nossa vida e a sociedade.
Porque mesmo que nos induzam a acreditar que somos apenas mais um número, que não podemos mudar nada, em nosso interior sabemos que não é assim. Nosso coração sabe: a mudança é possível e depende de nossas decisões. Por isso consideremos nesta Semana Nacional do Trânsito:
Estamos satisfeito com o trânsito da nossa cidade?
Sabemos que trânsito queremos?
Conhecemos as atitudes pessoais possíveis para mudá-lo?
As conseqüências de um trânsito que ignora as leis, o tem transformado em um caso de saúde pública, pelo crescente número de vítimas fatais e de pessoas com deficiência. No Fórum Regional pela Inclusão da Pessoa com Deficiência/Picos, em sua oficina sobre Prevenção de acidentes de trânsito, o coordenador da 2ª CIRETRAN, Luiz Lopes, afirmou que no Brasil há mais mortes ocasionadas pelo trânsito do que em uma guerra e que a maioria dos que recebem tratamento de reabilitação no CEIR são vítimas do trânsito.
Há muitos números que poderiam ser citados, mas quem de nós já não tem sua própria estatística, com um parente, vizinho ou amigo vítima de acidente. Portanto caminhemos na direção da mudança, gostaria de expor algumas atitudes que podemos incorporar ao nosso modo de dirigir, e farão com que o trânsito se torne mais humano e seguro. O apóstolo Paulo nos dá um conselho que é básico para exercermos os nossos direitos e deveres como cidadãos utilizando o bom senso e a solidariedade. Diz ele na carta aos Romanos (12:18): “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens”. Tal texto nos conscientiza que parte da construção de uma sociedade pacífica é responsabilidade da minha proatividade.
As ações a seguir me chegaram à mão sem autoria, porém com conselhos de grande valia.
Ao invés de acelerar quando um motorista pede passagem, diminua a velocidade e deixe-o passar. Você não está disputando um lugar no pódio;
Em vez de trafegar lentamente pela esquerda, dificultando as ultrapassagens, mude de faixa andando pela direita. Você também chega lá;
Em vez de invadir a via preferencial de outro motorista, aguarde um pouco mais. Freadas bruscas não são muito agradáveis;
Ao invés de buzinar excessivamente no trânsito, mantenha a calma. Você conhece alguém que goste de buzina?
Em vez de mudar bruscamente de pista, confira antes o retrovisor e use as setas. Você não anda sozinho pelas ruas;
Ao invés de correr na chuva, ignorando o risco da pista molhada, diminua sempre a velocidade. O aumento de acidente, por causa do mau tempo, não é mera coincidência;
Na hora de estacionar, em vez de “esquecer” o seu carro em fila dupla, atrapalhando os outros, ande um pouco mais. Tem sempre uma vaga livre adiante;
Ao invés de ficar atrás de um carro, que está indicando que vai virar à esquerda ultrapasse pela direita. Esta é a única exceção à regra de ultrapassagem, que deve sempre acontecer pela esquerda;
Em vez de carregar o capacete no braço, use-o na cabeça. É seguro e está previsto no código a obrigatoriedade do uso;
Ao invés de “furar” o sinal que acabou de ficar vermelho, aproveitando a lógica insensata de que “o pedestre espera” pare o carro antes da faixa de segurança. O respeito ao próximo vem muito antes das leis de trânsito.
Nós podemos mudar o trânsito, a missão é possível!


Rev. Pedro Domingos Pereira Neto.
Pastor da Igreja do Nazareno em Picos
E-mail: minhaesperanza@hotmail.com

Julgue-se a Si Mesmo



Não se julga um livro pela capa, dizem.

Deve-se julgar o livro pelo seu conteúdo.

E, para tanto, é preciso que se leia o livro.

Se isso é verdade sobre livros.

Por que não o será sobre pessoas?

Não devíamos julgar as pessoas pelo que elas aparentam;

Ou pelo que elas dizem de si mesmas;

Ou ainda pelo que elas apregoam;

Mas pelo que elas são de fato.

Não devemos olhar a aparência, mas o coração.

Daí é preciso conhecê-las.

E, para conhecê-las tem-se que andar bem próximo delas..

Como saber se uma pessoa está sendo sincera em suas ações?

Como saber se suas intenções são puras?

Como saber se o que as pessoas expõem de si mesmas corresponde à verdade do que realmente são e pensam?

Certa vez escrevi um texto cujo tema foi: Crise de referência

Escrevi o referido texto por três motivos sem saber dá-los uma ordem estrutural:

Ouvi uma pessoa citar um autor e palestrante como seu “guru” sem ao menos conhecê-lo.

Perguntei-me: Como alguém pode ter uma pessoa como referencial sem ao menos conhecer essa pessoa?

Então pensei: O referencial não está na pessoa, mas no que ela diz ou escreve.

Então, pude perceber que há uma crise de referencias na sociedade, pois as pessoas estão criando seus próprios referenciais imaginários, ou surreais.

Ou seja: Não importa quem você na verdade seja, o que importa é que o que você diz está legal e eu gosto.

Continuei pensando...

Então devemos contentar-nos com palavras e não com atos?

Mas não se imita o que as pessoas falam e/ou escrevem, se imita o que as pessoas fazem.

Isso não desfaz a verdade que se possa ter falado e/ou escrito, mas certamente, o que fala ou escreve não dá atestado de integridade e legitimidade referencial a ninguém.

Jesus disse para os seus discípulos sobre os fariseus: “Façam o que eles falam, mas não façam o que eles fazem”.

Ou seja, até falam coisas certas, mas não são dignos de serem imitados.

Isso me levou a outras considerações.

Infelizmente (e não sei se o que se deu comigo acontece com outras pessoas ou somente comigo)...

Vieram à minha mente pessoas que escreviam e falavam um monte, mas que tinham atitudes bem antagônicas ao que falavam e escreviam.

Lembrei-me de pessoas que demonstram através de falas e textos terem um coração terno, mas que têm atitudes duras e sem misericórdia;

Lembrei-me de pessoas que falam de altruísmo, mas que são egoístas e ambiciosas;

Lembrei-me de pessoas que falam de amor e aceitação, mas que só buscam interesses próprios e tratam com rudeza e conspiração maligna;

Lembrei-me de pessoas que se queixam do glamour de uma vida capitalista, mas que vivem com altos salários e compram sem dor na consciência em lojas de grife em nada baratas;

Lembrei-me de pessoas que acusam outras de se beneficiarem de povos miseráveis, mas que fazem o mesmo, embora de modo diferente;

Lembrei-me de gente que é doce na palavra e na escrita, mas insensível e ardilosa pelas costas.

Lembrei-me de pessoas, as quais não apenas li o que escreveram ou falaram, mas com as quais andei por muitos anos.

Vi muita coisa feia e muita atitude a não ser imitada em pessoas que estão sendo amadas e exaltadas como referenciais pelo que falam e/ou escrevem.

E nisso encontrei-me em meio a uma crise de referenciais.

Mas, não parei por aí.

Então cheguei ao ponto nevrálgico do meu momento reflexivo sobre a tal crise de referência:

E eu?

E como estou nessa crise de referência?

Sou o que aparento ser?

Busco viver em conformidade com o que escrevo e/ou falo?

Trato com as pessoas da mesma forma como gostaria que elas me tratassem?

Estaria eu sendo relacionado por alguém como o que importa é o que falo e/ou escrevo e não com o que faço e como vivo?

Será que as palavras têm mais importância e força do que os atos?

Como me vêem as pessoas que estão mais perto de mim?

Sou eu apenas “vitima” nessa crise de referência ou sou também um “vitimador”?

O que me adiantaria textos bem rebuscados e sermões bem elaborados, se não corresponderem aos atos que pratico?

Percebi que julgar-me é tarefa mais indesejada e árdua que julgar os outros.

Percebi também que é mais fácil chegar a uma conclusão de mim mesmo do que chegar à conclusões sobre os outros.

Entendi, então, que há verdade no fato eu ter sofrido muitas decepções com pessoas com as quais andei bem perto, mas entendi, também, que deve ser verdade que eu tenha decepcionado muitas pessoas que andaram bem perto de mim.

É certo que uma verdade não anula a outra da mesma forma que um erro não justifica outro...

Mas, certo mesmo é que muito antes e acima de qualquer julgamento que compreendamos estar no nosso direito de fazer sobre qualquer pessoa, e embora possa haver alguma verdade em tal julgamento...

Devemos julgar a nós mesmos.

E, de preferência, com o mesmo rigor que julgaríamos e/ou temos julgado os outros,

Pois, com a medida com que julgarmos nos julgarão a nós.

Por: Paulo R. P. Cunha

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O JUÍZO DE DEUS

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento; (Ec 12.1)
Mas o que isso quer dizer?
Quer dizer que temos que lembrar do Senhor enquanto somos jovens;
Antes de entrarmos no estado de velhice;
Onde por várias vezes perdemos o sentido da vida;
Chega a fase de caducarmos e não termos prazer de viver.
E chegará o momentos do juízo de Deus como está escrito: Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau. (Ec 12.14)
Mas ai você pode se perguntar: Que tipo de juízo é esse?
O juízo que Deus irá trazer é sobre todas as obras que fazemos, quer seja bom, quer seja mau.
Muitas vezes esquecemos de coisas que fazemos
E sempre precisamos de algo pra lembrarmos
Quantas vezes fizemos algo na infância que não lembramos mais
Muitas vezes só lembramos de algo quando vemos uma fotografia;
Ou quando ouvimos uma música que nos faz lembrar de um momento bom ou ruim;
Lembramos de algo através de um cheiro que sentimos, de um perfume, de uma comida;
Outras vezes lembramos quando o nosso papai ou mamãe diz:”lembra daquele dia que você fez isso ou aquilo?”, muitas vezes ficamos nos perguntando será que fiz isso mesmo? claro que fizemos!
Por isso quero dizer que Deus não se esquece de nada que fazemos e irá trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.
Podemos enganar amigos, esposos(as) , namorado(as), governo (impostos, taxas e contribuições), a empresa de energia elétrica (o velho gato), mas nunca podemos enganar e esconder nada de Deus.
Você pode se livrar do juízo aqui da terra, mas não escapará do juízo de Deus (Jeová TSIDIKENU - O Senhor é a nossa justiça).
Sabe porquê?
Por que Deus tem um livro e tudo que fazemos de bom ou de mau é registrado nele (Salmo 139-16 Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu LIVRO todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.)
Como contabilista imagino esse livro como sendo um livro Diário, onde é registrado todos os débitos e créditos (quer seja bom, quer seja mau.) e no final do período(vida) todas as contas tem que fechar e a situação liquida tem sempre que dá superavit (lucro) e nunca deficit (prejuízo).
Por isso não se engane achando que Deus não está vendo o que você faz,
Deus diz: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR” (Jr 29-11a)
Ele está no controle de tudo, antes mesmo da terra existir ele já existia.`
É hora de você parar e lembrar do seu criador antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
Se arrependa dos seus maus caminhos e busque ao Senhor enquanto se pode achar.

Sérgio de M. Batista
É Técnico em Contabilidade
Bacharelando em Ciências Contábeis - UESPI
Membro da Igreja do Nazareno em Picos-PI
e-mail: sergiobatistam@hotmail.com

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

VASILHAS VAZIAS


Certa mulher havia perdido o seu esposo. Os credores estavam à sua porta e com dois filhos para sustentar já não sabia mais o que fazer. Procurou então Eliseu um profeta de Deus para que juntos pudessem encontrar uma solução.

Neste encontro, Eliseu lhe perguntou. “Dize-me o que tens em casa. Disse ela: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Disse-lhe Eliseu. Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos, vasilhas vazias não poucas. Depois entra, fecha a porta sobre ti e teus filhos, deita o azeite em todas aquelas vasilhas e põe à parte a que estiver cheia.” A mulher seguiu à risca as determinações de Eliseu. “Entrou em sua casa com seus filhos, fechou a porta atrás de si e começou a encher os vasilhames um após o outro que houvera pedido emprestado de seus vizinhos. Na medida em que iam sendo cheios os mesmos eram colocados de lado. Quando terminou de encher a última vasilha, o azeite parou de sair da botija”. Novamente a mulher procurou o homem de Deus para pedir novas instruções e ao fazê-lo, este lhe disse: “Agora vai e vende o azeite, paga a sua dívida. Você e seus filhos vivam do resto que sobrou do azeite”.

Esta história está registrada na Bíblia no livro de I-Reis 4:1-7.

É possível que situação semelhante ocorra. Uma tensão financeira ou algum outro episódio assola sua casa, a sua família, você já não sabe mais o que fazer. As contas estão a cada dia aglomerando-se. Seus sonhos e perspectivas no futuro estão cada vez mais longínquos. Seus credores estão à porta lhe tirando a paz, a tranqüilidade e a sua alegria, tudo fica insuportável e insatisfazível.

A mulher dessa história tomou uma iniciativa admirável. Ela procurou ajuda espiritual. Ela procurou alguém que pudesse orientá-la com a Palavra de Deus, um conselho com respeito e amor, essa orientação mudou a sua situação e entrou para história como uma mulher abençoada por Deus. Ela creu e agiu de acordo com a Palavra do homem de Deus e só assim pode ver o milagre.
Para vencer os nossos desafios e medos podemos imitá-la, não se detendo em coisas que não resolvam o nosso conflito, a fonte da busca precisa ser a mesma. Ela não procurou sorteios de jogos ou programas dominicais que realizam sonhos, ela foi direto pedir ajuda a um homem que era obediente a vontade de Deus. Ela o conhecia muito bem. Seu esposo fora um de seus discípulos da escola de profetas. Eles se encontravam diariamente para a leitura, estudo e oração. Com certeza a confiança que a impulsionava encontrá-lo, vinha do aprendizado que recebera de seu marido depois de algum tempo de companhia com o profeta Eliseu. Ao receber as instruções, cada detalhe foi seguido minuciosamente e com isso à benção chegou a sua vida, e em sua família.

Podemos aprender com esse fato, vamos usar a fé e a ação, e me permitam falar metaforicamente, vamos encher também nossas vasilhas com azeite. Saiba que o azeite biblicamente simboliza a unção ou direção do Espírito Santo em nossas vidas. Nós os vasos, precisamos ser cheios diariamente por este azeite que vem de Deus. Com este óleo podemos ter a sabedoria e o discernimento para agir em meio aos problemas e desafios.
Em nossos dias ter fé ou falar de fé, exige coragem, o endeusamento do materialismo e escândalos oriundos de alguns guias religiosos, pode nos levar a total incredulidade do poder de Deus, mas estejamos certos que Deus ainda faz milagres hoje. Existem homens e mulheres tementes a Ele que nos podem transmitir palavras de esperança. Busquemo-los e ouçamos com atenção seus conselhos e seremos abençoados.

Rev. Pedro Domingos Pereira Neto.
Pastor da Igreja do Nazareno em Picos

E-mail: minhaesperanza@hotmail.com

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Afinal, o que é Cidadania?


Fala-se muito sobre cidadania, mas afinal, o que é cidadania?
No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele que habita na cidade. Assim, entende-se por cidadão, o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este.
Na Grécia de Platão e Aristóteles havia apenas um pequeno número de cidadãos, eram excluídos homens ocupados, mulheres, escravos e estrangeiros. Dentro desta concepção surge a DEMOCRACIA GREGA, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a cidade.
Os Hebreus tinham uma feroz identificação nacional, que tem resistido à passagem do tempo, com todas as suas vicissitudes, guerras, exílios e caos, eles contavam com várias instituições que favoreciam o estabelecimento da cidadania.
No relato bíblico encontrado no livro de Atos notamos que à época de Paulo um cidadão tinha direitos (iura), privilégios (honores) e deveres (numera). Entre os direitos havia o ius provocatonis, isso é o direito de apelar.
“E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?
E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano.
E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim.
E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento.”
Atos 22:25–28
No período do Renascimento que reviveu a cultura clássica da Grécia e de Roma, temos também o monge agostiniano alemão Pai do Protestantismo Martinho Lutero. Ele protestava contra os abusos políticos e religiosos de sua época, lutando pelo fim da servidão camponesa e pela igualdade de condições dos camponeses com o clero e a nobreza.
Uma pesquisa divulgada pelo Ibope em 25.11.2003 traz dados preocupantes sobre as nossas relações de cidadania. Indica que 56% dos brasileiros não têm vontade de participar das práticas capazes de influenciar nas políticas públicas. Que 35% nem tem conhecimento do sejam essas práticas e 26% acham esse assunto “chato demais” para se envolver com ele. Nem tudo está perdido: 44% dos entrevistados manifestaram algum interesse em participar para a melhoria das atividades estatais, e entendem que o poder emana do povo como está previsto na Constituição. A pesquisa anima, de forma até surpreendente, quando mostra que 54% dos jovens (entre 16 e 24 anos), têm interesse pela coisa pública. Interesse que cai progressivamente à medida que a idade aumenta. A pesquisa ajuda a desmontar a idéia que se tem de que o jovem é apático ou indiferente às coisas do seu país. (BARBOSA, B. Falta de informação limita participação popular. Cidadania na Internet. Rio de Janeiro, nov. 2003.) Disponível em http://www.cidadania.org.br/conteudo.asp
Ulysses Guimarães em seu discurso na Constituinte em 27 de julho de 1988 afirmou: “essa será a Constituição cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria. Cidadão é o usuário de bens e serviços do desenvolvimento. Isso hoje não acontece com milhões de brasileiros, segregados nos guetos da perseguição social”.
Nossa indagação é se podemos contabilizar melhorias desde então. Nossa cidadania esta parecida com a cidadania da Grécia de Platão e Aristóteles, onde só a minoria era considerada cidadãos? O Direito do cidadão é Direito de Acesso. O que o povo brasileiro necessita é do direito de acesso e não de leis que garantam a uma minoria (elite brasileira) suas grandes e ricas propriedades.
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social” DALLARI, D.A. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14

O exercício da cidadania no Brasil tem muitos impedimentos, é urgente que unamos forças para combater toda sorte de misérias, seja ela material, emocional, educacional, moral, cultural, social, política, afetiva e espiritual. A nossa nação precisa ser sarada e um dos muitos conselhos bíblico está revelado no livro de 2 Crônicas 7:14 – “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”

Rev. Pedro Domingos Pereira Neto
Pastor da Igreja do Nazareno em Picos

E-mail: minhaesperanza@hotmail.com

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Qual Será o Próximo Título “Espiritual”?


Abri meus e-mails
Dentre eles havia um que fora enviado por um líder religioso
O conteúdo do e-mail se destinava a propagandear uma viagem a Israel
Denominada como viagem a Terra Santa
Até aí tudo bem
Mas me gerou certa estranheza pelo fato da entonação ministerial quanto à viagem
Também estranhei a auto-nominação na frase escrita por tal líder:
“Eu sou líder de uma Nação”
Até que chego ao final do e-mail e me deparo com a assinatura:
“Paipóstolo”
Parei por um instante diante daquele título “espiritual” e me perguntei:
Qual será o próximo título “espiritual” que virá por aí?
Quando me converti...
A vinte e seis anos atrás...
As coisas eram mais simples
Tínhamos pastores, evangelistas, presbíteros e diáconos.
Com a ascensão dos mega-líderes...
Veio a era dos bispos;
Depois apareceram os apóstolos;
E, agora, Paipóstolo – Pai de apóstolos.
O que me incomoda...
E provavelmente isso não importe a ninguém – se me incomodo ou não...
Não é o título em si...
Mas, sim, a necessidade de uma titularidade que imponha superioridade espiritual.
Se ser pastor já corresponde em autoridade espiritual;
E bispo corresponde a uma ordem espiritual superior aos pastores...
Apóstolo tornou-se uma sumidade espiritual.
O que dizer então de Paipóstolo?
Nada mais, nada menos, do que ser o gerador de sumidades espirituais.
Deve se referir também à autoridade espiritual máxima da igreja;
E ainda que todos os demais líderes e membro...
Devem se aninhar sob sua liderança espiritual paternal.
O que me preocupa...
E isto também não deve importar a ninguém – se me preocupo ou não...
É que as pessoas que afluem às igrejas...
Estão focando muito mais estas pessoas do que a Jesus e Seu Evangelho.
Acho...
E talvez ninguém se importe com o que eu acho ou deixe de achar...
Que há muita passividade por parte das pessoas que freqüentam igrejas.
Se as pessoas lessem e estudassem mais a Bíblia;
E fizesse isso em constante oração diante do Senhor...
Acho que as coisas seriam bem diferentes.
Mas, parece que o carisma, o movimento nos cultos...
As promessas de vitórias pragmáticas, a oratória eloqüente...
O discurso intelectualizado...
O sucesso televisivo ou radiofônico...
Os mega-templos...
O frenesi emocional e os aspectos místicos dos cultos...
Têm sido base da fé de muita gente.
Mas e a Palavra de Deus e a oração?
E a relação íntima de cada crente com Deus?
Por que a muitas pessoas carregam uma Bíblia e não a lêem de fato?
Em Provérbios 29.18 se lê:
“Não havendo profecia, o povo se corrompe;
Mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado”
Aqui, profecia e lei são correspondentes.
Profecia e lei correspondem à Palavra de Deus.
Por isso Jesus Cristo pode afirmar:
“Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” – Mateus 22.29.
Aqui, Escrituras (sagradas) e Poder de Deus são correspondentes.
Todo poder que não se baseia nas Escrituras é digno de suspeição.
Fico pensando...
Enquanto o povo de Deus não se voltar de fato para a Palavra de Deus...
E para a oração pessoal e íntima com o Senhor...
Estaremos sujeitos a líderes ambiciosos e suas titularidades estranhas.
Desperta, povo de Deus!
Jesus Cristo é o único Senhor!
Desperta, igreja!
Só há um título deveras importante...
E é o do Pastor e Bispo de nossas almas – O Senhor Jesus! – 1 Pedro 2.25.
Está escrito: “Todo aquele que nele crer não será confundido” – Atos 10.11.
Na igreja não deve haver títulos que representem superioridade espiritual...
Mas apenas que representem chamados e ministérios.
Que o Espírito santo ilumine a Sua Igreja.

Por: Paulo R. P. Cunha

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

EXISTE IGREJA PERFEITA?


Todos já devem ter ouvido e/ou falado a seguinte frase:
Não existe igreja perfeita.
Levando-se em conta que a igreja é composta por seres humanos
E seres humanos são pessoas que têm virtudes e defeitos
Não há igreja perfeita
Levando também em consideração
Que as pessoas que procuram se achegar às igrejas
O fazem, em via de regra, porque estão passando por problemas
E visto que muitos desses problemas passam para o ambiente
Não há igreja perfeita
Mas esta é uma ótica humana e pecadora de enxergar a igreja
E na ótica humana e pecadora de ver a igreja
Não há igreja perfeita
Mas, e na ótica de Deus?
Será que para Deus há igreja perfeita?
Se a visão de Jesus Cristo é a visão de Deus
E eu creio que seja
Então temos uma maneira de responder essa pergunta
O livro do Apocalipse é um conjunto de revelações feitas por Jesus a João
E neste livro há palavras de Jesus Cristo dirigidas às igrejas
São ao todo sete cartas dirigidas a sete igrejas
Uma carta para cada igreja
Nas cartas dirigidas a cinco igrejas há reprimendas do Senhor
As igrejas são denominadas por suas localizações geográficas
As cinco igrejas que receberam reprovações foram:
Éfeso, Pérgamo,Tiatira, Sardes,e Laodicéia
Apenas duas não receberam reprovações quaisquer
As duas são:
Esmirna e Filadélfia
Seriam as igrejas localizadas em Esmirna e Filadélfia, igrejas perfeitas?
Se ser perfeita é não receber reprovação do Senhor
Então sim
Não acredito que estas igrejas não tinham qualquer problema
Mas aos olhos do Senhor não eram motivos de reprimenda e/ou reprovação
Então brota uma nova pergunta:
O que torna uma igreja perfeita aos olhos de Deus?
Ambas as cartas nos dão sinais bem claros
São claros porque são citados pelo próprio Senhor Jesus
Na igreja localizada em Esmirna podemos perceber três fortes características:
Era pobre, era fiel ao Senhor e era perseverante
Na igreja localizada em Filadélfia percebemos três fortes características:
Tinha pouca força, era bem firmada na Palavra e era fiel a Jesus
E ambas as igrejas lutavam contra um mesmo inimigo
Satanás
Ou seja, conheciam muito bem o ambiente espiritual no qual existiam e que resistência enfrentavam - "As portas do inferno não resistirão à minha igreja" - Mateus 16.18 -, disse Jesus Cristo.
E Paulo revela que "não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" - Efésios 6.12.
Vamos ver se há alguma relação entre as duas em questão de virtude?
Esmirna era considerada pobre e Filadélfia tinha pouca força
Esmirna era fiel ao Senhor e Filadélfia jamais negou o nome de Jesus
Esmirna era perseverante e Filadélfia mantinha-se firme na Palavra de Deus
Acho que podemos traduzir tais virtudes como:
Dependência total de Deus
Obediência total a Deus
Fidelidade total e unicamente a Deus
Mas não é só isso que as tornam igrejas perfeitas
Só?
Ah, se minha igreja tivesse estas virtudes! Talvez alguém suspire.
Mas digo só, não porque despreze tais virtudes
Mas porque acredito que existam outras qualidades nestas igrejas
Por exemplo:
O Senhor reprova o esfriamento do amor da igreja em Éfeso
Então suponho que as igrejas de Esmirna e Filadélfia amavam ardentemente o Senhor
À igreja em Pérgamo o Senhor reprova a aceitação de conceitos que eram contrários à Palavra de Deus
Quanto as igrejas em Esmirna e Filadélfia a Palavra de Deus não só era inegociável, como era a base concreta de sua fé e conduta
O Senhor reprova a tolerância para com o pecado na igreja em Tiatira
Não julgo que nas igrejas em Esmirna e Filadélfia as pessoas não pecavam
Mas certamente o pecado era tratado como pecado e não era tolerado
Quem pecou deveria se arrepender e consertar-se com o Senhor
Quanto a igreja em Sardes o Senhor reprova as obras
Ou seja, a prática não está batendo muito com a pregação
Não estava vivendo o que pregava
Então estava pregando como quem está viva
Mas vivendo como quem está morta
Parece que as igrejas em Esmirna e Filadélfia buscavam viver o que pregavam
E, finalmente, a igreja em Laodicéia também foi reprovada pelo Senhor
Jesus reprova a falta de identidade e identificação da igreja com Ele
Por isso Ele orienta que:
“De mim”:
Compres ouro provado pelo fogo – Lembra do que Paulo fala sobre as nossas obras? – Serão provadas pelo fogo
Por isso todas as nossas obras (ações) devem ser feitas no Senhor e para o Senhor
Adquira vestes brancas – Refere-se a sermos lavados pelo sangue de Jesus
E unjas os olhos com colírio – Perda de visão (do Reino de Deus e de si mesmo enquanto igreja)
E, pior...
Esta igreja nem percebeu que estava pondo Jesus Cristo fora dela, pois, o Senhor revela onde Ele está posto diante da igreja em Laodicéia: "Eis que estou à porta e bato" - Apocalipe 3.20.
Vale a pena a gente relembrar o processo de decadência revelado nas cinco igrejas que receberam reprovação do Senhor Jesus:
1) O amor esfria;
2) Deus passa a ser um conceito;
3) Se tolera o pecado - o pecado passa a não ser tratado como pecado; não há necessidade de arrependimento e conversão;
4) Prega sobre Deus, mas nega o poder de Deus - "tens nome de que vives e estás morto";
5) Perde a visão do Reino de Deus e a identidade com Jesus, o Senhor do Reino de Deus - a igreja se torna humanista.
É importante também notarmos que em cada carta o Senhor chama a igreja ao arrependimento e para que dê ouvidos ao que o Espírito Santo diz.
Temos que entender que a queda espiritual não se dá da noite para o dia, mas é um processo que acontece e que precisa ser alertado para que haja restauração do Senhor na igreja (ou em nossas vidas).
Tenhamos em mente o que está dito em Provérbios 29.1: "O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura".
Pelo que podemos perceber estes não eram os problemas das igrejas em Esmirna e Filadélfia, as quais permaneciam no primeiro amor, mantinham-se firmes na Palavra de Deus, não toleravam o pecado, mas buscavam arrependimento e concerto diante do Senhor, pregavam sobre Deus e viviam para a glória de Deus, viviam na dependência total do Senhor, eram obedientes e fiéis ao Senhor e à Sua Palavra, não perderam a visão do Reino de Deus, nem a identidade com o Senhor do Reino de Deus - Jesus Cristo - e, Jesus Cristo estava posto onde é o lugar Dele: Como Senhor e Cabeça da Igreja.
Então, pensando bem...
Não segundo a ótica humana e pecadora, mas segundo a ótica de Deus...
Há, sim, igreja perfeita!
E as igrejas em Esmirna e Filadélfia são exemplos dados pelo Senhor desta verdade!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

RICARDO OLIVEIRA EM PICOS
















RICARDO OLIVEIRA EM PICOS DE PASSAGEM PARA FLORIANO

O GÊNIO DA MATEMÁTICA.

EXEMPLO DE SUPERAÇÃO

PARABÉNS...

Ricardo, o gênio da matemática

História do jovem pobre, portador de uma doença rara, campeão das Olimpíadas de Matemática e orgulho de uma cidade no Ceará emociona o país.

Domingo passado, o Brasil assistiu no Fantástico a história de superação de Ricardo, um jovem pobre, portador de uma doença rara, campeão das Olimpíadas de Matemática. O país se sensibilizou com a lição deste cearense, filho de lavradores, e decidiu ajudá-lo. Ricardo ganhou até uma casa nova.


Na pequena cidade do interior do Ceará o assunto é um só. Várzea Alegre exibe o orgulho de ter um estudante duas vezes medalha de ouro nas Olimpíadas Brasileiras de Matemática para Escolas Públicas, como você viu domingo passado, no Fantástico.

"Estou apaixonada pelo Ricardo, todo mundo daqui", garante uma mulher. “Fazer aquilo é importante para o Brasil”, destaca um morador.

Mas a fama não alterou tanto a rotina do morador ilustre. Ricardo estuda cinco horas por dia, três só dedicadas à matemática.

“Na matemática o que me interessa é a exatidão, é o modo como os problemas são resolvidos. Tem certas perguntas que são aparentemente fáceis e isso nos motiva a tentar resolvê-las", diz o estudante Ricardo Oliveira da Silva.

O desempenho de Ricardo nas olimpíadas impressionou os professores que corrigiram as provas. "Na região que eu coordeno, ele foia melhor nota nos dois anos em que ele participou", diz o professor de Matemática Pedro Ferreira de Lima.

Foi longe dos bancos da escola que Ricardo conseguiu decifrar os números. Incentivo da mãe, agricultora, que ensinou as primeiras lições.

"Era muito fácil ensinar Ricardo porque ele tinha facilidade de aprender", lembra Francisca Oliveira da Silva, mãe de Ricardo.

Depois de alfabetizado, Ricardo trilhou quase sozinho os caminhos do conhecimento. O irmão mais novo, Ronildo, ajudou.

"Ele sempre trazia os livros para matar a minha curiosidade, eu sempre procurava entender como as coisas aconteciam, eu tenho tipo assim espírito de cientista", conta Ricardo.

Mesmo acostumados com a vida simples no sítio, os pais do Ricardo sabem que para levar o sonho dele adiante vão ter que se mudar. Ano que vem, o estudante não terá mais professor em casa, porque estará no Ensino Médio e a escola mais próxima fica a 24 quilômetros de distância.

Por causa das condições da estrada, Ricardo não consegue sair de casa na cadeira de rodas. Tem de ser levado pelo pai. Depois que a história do estudante foi mostrada no Fantástico, a prefeitura de Várzea Alegre prometeu levar a família para a área urbana do município, onde Ricardo vai ter uma casa com todas as despesas pagas, uma cadeira de rodas motorizada e vai poder freqüentar uma escola.

Ofertas de tratamento médico, odontológico e material didático vieram de várias cidades do Brasil. Ricardo está feliz, mas lembra que a doação que ele mais precisa receber é aquela que não tem preço.

"O maior presente que eles poderiam me dar é o apoio mesmo, o incentivo, porque é isso que a gente precisa para seguir na vida", diz Ricardo.

Fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL698658-15605,00.html

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Atitude Que Faz Diferença


A atual atmosfera econômica tem reforçado para mim a importância de se ter e manter uma atitude apropriada. Líderes empresariais têm algumas opções a fazer em meio ao turbilhão da economia, podendo escolher participar e contribuir com a recessão, reprimir o crescimento, fazendo cortes ou encarar a crise como uma oportunidade. O futuro desses líderes e suas empresas pode ser de progresso ou de deterioração, dependendo da forma como reagirem, consoante suas atitudes e formas de abordagem.

Do meu ponto de vista, os que estão atravessando melhor a tempestade são aqueles que deixaram de lado preocupações e ansiedade, agarrando energicamente a oportunidade de buscar novos negócios. Em muitos casos o que foi perdido não tem volta, mas ainda resta muito a ser ganho. Na Bíblia, o livro de Filipenses 4.6-7 ensina: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.”

É claro que quando a Bolsa de Valores imita uma montanha russa, a produtividade e as vendas estão em declínio, dizer “Não fiquem ansiosos!” , e ser capaz de colocar de lado toda ansiedade são coisas totalmente diferentes. Mas a chave desse texto bíblico está no foco: somos instruídos a não ficar ansiosos por coisa alguma, mas ao contrário, confiar em Deus e dirigir-Lhe nossas orações, preocupações e pedidos.

A chave é crer e confiar que Deus está no controle e cuida de nossos interesses. Se você não crê nisto fica difícil experimentar “a paz de Deus que excede todo o entendimento”. Afinal de contas queremos entender, queremos saber como o Todo-Poderoso vai fazer para que "todas as coisas cooperem para o bem" dos Seus, especialmente quando as circunstâncias externas fazem isso parecer impossível.

Isso é o que significa andar pela fé: crer mesmo quando as coisas são inacreditáveis; confiar mesmo quando tudo em que depositamos nossa confiança falhou. Um princípio fundamental das Escrituras afirma que Deus é firme e infalível. Em Hebreus 13.5 Ele promete: “Nunca o deixarei, nunca jamais o abandonarei.” Prossegue respondendo: “Podemos, pois, dizer com confiança: O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens?” (Hebreus 13.6).

Por que? Porque dois versículos adiante a Palavra declara: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13.8). Para mim, essa passagem declara que não importa em que situação nos encontremos e quão incertas e adversas as condições econômicas possam se tornar, Deus está no controle e pronto para nos auxiliar em tempos de necessidades.

Em Filipenses, o apóstolo Paulo ressalta a importância da atitude adequada. Depois de exortar-nos a não andar ansiosos, ele escreve: “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Filipenses 4.8).

Se para você tem sido difícil encontrar paz no trabalho ultimamente, pare e considere essas Palavras. Uma atitude positiva, aliada à oração, ação de graças e paz é melhor do que preocupação.
Por: Rick Boxx

Ah, Eu Amo a Palavra de Deus


“Meu coração, porém, nutre temor por Tua palavra” – Salmo 119.161.
Mais do que submissão, o salmista demonstra lealdade e confiança quanto à palavra de Deus.
Para ele não é uma mera questão de observância dos mandamentos do Senhor, mas sim, de uma consciência de que a palavra de Deus é seu ponto de apoio e esperança e, também de fortalecimento.
Na verdade, o salmista, nos dá a entender que não há uma dicotomia: Deus e Palavra de Deus. Não são dois, mas um só. A Palavra de Deus carrega o selo do próprio Deus.
Ou seja, Deus sustenta o que fala.
E o salmista tem compreensão dessa verdade. Ele sabe que em se apegar a, e confiar na Palavra de Deus ele, na verdade está apegado a Deus e confiando no próprio Deus.
O salmista faz essa declaração – “Meu coração, porém, nutre temor por Tua palavra” – em meio à perseguição – “Príncipes me perseguiram sem causa”.
Por essa perseguição ser sem causa, ele, então, alega que as motivações são falsas – “Abomino e aborreço a falsidade”.
Ou seja, o que dizem são falsidades e mentiras.
Mas, em contra-partida, ele declara: “Amo a Tua lei”; “Amo-os extremamente”.
E confessa: “A minha alma tem observado os Teus testemunhos”; “Tenho cumprido os Teus mandamentos”; “Tenho observado os Teus preceitos e os Teus testemunhos”.
E exulta: “Sete vezes no dia Te louvo pelos juízos da Tua justiça”.
Como é bom conhecer a Palavra de Deus e o Deus da Palavra.
Que segurança – “Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço”.
Há muita mentira sendo dita a respeito de Deus e muita gente falsa se fazendo passar por servo de Deus, mas que não O serve de fato.
Como saber? Como não se corromper? Como não ser enganado? Como não se desviar da Verdade?
Ah, a Santa Palavra do Senhor. Continua “viva e eficaz e poderosa para discernir os pensamentos e intenções do coração humano” – Hebreus 4.12.
Por isso Jesus Cristo foi categórico: “Santifica-os na verdade. A Tua palavra é a verdade” – João 17.17.
Toda pessoa que propor e/ou incentivar pensamentos alheios à Palavra de Deus é falsa e mentirosa e está sob a ação do espírito do anticristo, o qual já opera no mundo – “Porque já o mistério da injustiça opera... e é segundo a eficácia de Satanás” – 2 Tessalonicenses 2 7,9; e João, o discípulo adverte: “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, agora muitos se têm feito anticristos” – 1 João 2.18; e, eles aparecem de lugares aparentemente menos suspeitos – “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós” – 1 João 2.19.
Como saber se aquele a quem tenho ouvido regularmente é verdadeiro servo de Deus ou é um falso e mentiroso?
Ah, a bendita Palavra do Senhor – A Bíblia Sagrada. Ela é o único parâmetro seguro para se fazer tal avaliação. Por isso os anticristos querem desfazer dela a menosprezando e desvirtuando.
Por isso o apóstolo Paulo faz uma importante advertência para aqueles que buscam a Deus com sinceridade e acreditam na Sua Palavra: “Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com Ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós...” – 2 Tessalonicenses 2.1-2.
E Paulo é ainda mais categórico ao dizer que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema... se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” – Gálatas 1.8-9.
Ah, como amo a Palavra de Deus inspirada e revelada. Ela é o prumo seguro da minha fé, a qual a presença maravilhosa do Espírito Santo confirma em meu coração.
Abomino e aborreço toda falsa palavra. O que pode sim ser traduzida por heresia. Toda palavra que desfaz, desconsidera, se opõe e/ou desvirtuada a Bíblia Sagrada é heresia, é falsidade, mentira e engano que são introduzidos no mundo (e nas igrejas) sob a eficácia de Satanás e, portanto, aqueles que as professam e disseminam fazem o papel do anticristo.
Se você quer se manter firme diante de Deus e ser salvo das falsidades desse mundo, então faça como o salmista fez e diante de tantas heresia e filosofias humanistas que se levantam ao seu redor diga a Deus e para que todos saibam: “Meu coração, porém, nutre temor por Tua palavra".

Por: Paulo R. P. Cunha

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Teologia Pós-Moderna ou Filosofia Humanista?

Diante de um movimento “novo” (?) que tem se levantado no meio religioso com uma proposta de repensar Deus ou rever os conceitos sobre Deus, e, ao me deparar com um vídeo que está circulando via internet, propus escrever o que segue abaixo.
Assisti, via internet, a palestra de Tom Honey, vigário de uma Igreja na Inglaterra.
Em sua palestra, Tom Honey começa dizendo que tem lutado muito e por muito tempo buscando entender sobre a natureza de Deus.
Confessa também ficar muito incomodado quando ouve cânticos nos quais se exalta e evidencia a onipotência de Deus.
Ele diz: “Na adoração da minha igreja, o adjetivo mais frequentemente usado a respeito de Deus é ‘todo-poderoso’. Mas eu tenho um problema com isso. Eu tenho ficado cada vez mais incomodado com essa percepção de Deus ao longo dos anos. Será que nós acreditamos mesmo nesse tipo de Deus chefão que nós viemos mostrando nas nossas liturgias e louvores ao longo dos anos?”.
Daí em diante Tom Honey se posiciona de uma forma que desaprova uma fé em um Deus que se utiliza do seu poder na vida humana. Ou seja: Deus é Onipotente, mas abdica desta Onipotência em sua relação com o mundo e a humanidade.
Porém, Tom Honey, como veremos mais adiante, coloca em questão não apenas a ação onipotente de Deus, mas, também, questiona a personalidade de Deus.
Ele levanta questões como: “Deus se revela na impotência”.
A maioria das pessoas que defendem essa tese (sim, a frase “Deus se revela na onipotência” já se transformou em base de teologia e fé), recorrem ao texto de Paulo, escrito aos Filipenses, que diz: “de sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas, aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz” – Filipenses 2.5-8.
Frases como Deus se manifestou como um Deus moribundo; Deus não é pelos pobres, mas Deus é pobre; e/ou o amor de Deus se revela em sua impotência voluntária; têm invadido os corredores não só da sociedade, mas também das igrejas e seminários teológicos.
Tom Honey não pensa diferente e, ainda, deixa claro que se Deus é todo-poderoso, e não intervém em tudo e sobre tudo, citando inclusive a tragédia causada pelo Tsunami na Ásia, então, impetra seu julgamento: “Deus é um Deus frio, insensível e indiferente”... E declara: “Deus pode até existir, mas não queremos saber dele”.
E, pondo-se na contramão da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, a qual afirma que Deus tem todo poder e controle sobre tudo e todos, Tom Honey afirma que Deus não tem poder e nem controle sobre os ventos e sobre as ondas do mar, porque se tivesse teria evitado o Tsunami.
Ele diz que em certo evento (um funeral) cantaram uma canção que na segunda estrofe diz que “o vento e as ondas obedecem a Ele (Deus)” e aí levanta uma questão: “Será que obedecem?”... E faz uma declaração: “Eu não acho que podemos cantar de novo essa canção numa igreja depois do que aconteceu”, se referindo à catástrofe do Tsunami..
Em sua palestra, Tom Honey questiona os testemunhos dos cristãos.
Ele põe em questão fatos e experiências de cristãos que foram abençoados por Deus em suas vidas.
Parece realmente não aceitar um Deus que se preocupa em abençoar uma pessoa, mas que não impede uma catástrofe. E afirma: “Isso não é aceitável para cristãos inteligentes, e nós temos que reconhecer isso”.
E tira uma conclusão: “Ou Deus é o responsável pelo Tsunami ou Deus não está no controle”.
Em seguida levanta outra questão (cuja resposta pelo “andar da carruagem” já se torna óbvia): “Podemos merecer os favores de Deus por adorá-lo ou acreditar nele?”.
Ou seja: Será que Deus trata diferentemente aqueles que crêem Nele e O adoram daqueles que não crêem Nele e nem O adoram? Será que os que não crêem Nele nem O adoram não desfrutam dos mesmos benefícios que aqueles que crêem Nele e O adoram desfrutam?
Tom Honey e muitos outros que têm proposto repensar Deus asseveram que não.
“Um nós x eles” como expressa grotescamente Tom Honey. O qual ainda faz uma acusação camuflada sob uma pergunta: “... um Deus que é culpado pelo pior tipo de favoritismo?”. E conclui: “Isso seria apavorante e esse seria o ponto em que eu cancelaria a minha afiliação (rejeitaria ser considerado filho desse Deus)”.
Aqui, Tom Honey incorpora a personagem Ivan do livro de Dostoevsky.
Aliás, parece que Tom Honey tem mais identificação com o pensamento humano e filosófico do que com a Bíblia Sagrada.
Tom Honey parece estar convencido de estar capacitado para fazer julgamentos sobre Deus.
É ele quem define quem ou o que é Deus? É ele quem determina como Deus pode e deve agir? Por acaso Tom Honey é o parâmetro de justiça?
E Tom faz a seguinte afirmação: “Tal Deus seria moralmente inferior aos mais altos ideais da humanidade”
Tom Honey... Acorda!
Então, depois de fazer alguns comentários irônicos, ele continua suas prevaricações sobre Deus... Chegando a ponderar que Deus tenha tirado umas férias de ser todo-poderoso, de ser um Deus que age sobre tudo com poder e soberania. Que Deus abdicou de controlar tudo.
Por que será que alguns têm a tendência de crer que ou Deus controla tudo como um teatro de marionetes ou Deus não controla nada?
Não seria possível Deus ter o controle de tudo, mas deixar que haja um fluxo corrente sem, no entanto, abdicar de ter qualquer ingerência ou intervenção, reservando para Si mesmo, diante da Sua sabedoria e soberania, agir no tempo e momento que bem entender?
Será que Deus não tem a liberdade de se relacionar com aqueles que sejam se relacionar com Ele, e, por meio destes, manifestar Seu amor e poder à humanidade?
Mas, pessoas como Tom Honey não aceitam um Deus que não caiba dentro de suas mentes, como ele mesmo autodenomina de “inteligentes”.
Será que Tom Honey é Elias ao inverso? Não está, Tom Honey, se referindo ao deus Baal? Tom não usa o mesmo argumento que o profeta Elias usou em relação à Baal e seus adoradores?: “E sucedeu que, ao meio dia, Elias zombava deles (profetas de Baal) e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa a fazer, ou que intente alguma viagem; porventura, dorme e despertará” – 1 Reis 18.27.
É aí que Tom Honey revela sua verdadeira intenção: “Precisamos pensar novamente sobre Deus”.
Essa é a verdadeira intenção destes “reformadores” pós-modernos.
A proposta da maioria deles é desconstruir os pilares da fé cristã.
E com este propósito Tom Honey despeja suas palavras: “Talvez Deus não faça coisa alguma... Talvez Deus não seja um agente como nós somos agentes”.
Assim, ele põe em questão duvidosa a Bíblia Sagrada, a qual revela um Deus presente, todo-poderoso, amoroso e atuante na história humana e na vida das pessoas, de forma coletiva, mas, também, individual e particular.
E Tom expõe seu pensamento panteísta: “E se Deus estiver nas coisas?”.
“A alma amorosa do universo”, sugere Tom.
Apenas “uma presença piedosa que habita e sustenta todas as coisas”.
“E se Deus estiver nas coisas” continua... “Na infinitamente complexa rede de relações e conexões que constituem a vida. No Ciclo natural de vida e morte, na criação e destruição que devem acontecer continuamente. No processo da evolução. Na incrível e magnífica complicação do mundo natural. No inconsciente coletivo, a alma da raça humana”.
E Tom explica: “Em você, em mim; mente, corpo e espírito. No Tsunami, nas vítimas. No âmago das coisas. Na presença e na ausência. Na simplicidade e na complexidade. Na mudança, no desenvolvimento e no crescimento”.
Linguagem refinada, poética e bonita, mas que despersonaliza Deus transformando-O em uma essência cósmica.
Veja o que lê propõe: “não será Deus apenas um outro nome para universo, sem existência independente alguma?”...
Para Tom Deus seria essa interdependência de tudo e do todo?
Ele continua:“Até onde podemos atribuir uma personalidade a Deus?”.
Então Tom Honey afirma que: “Ter fé nesse Deus (que nada mais é que outro nome dado a Universo e/ou que pode não ser uma personalidade) seria como confiar numa benevolência essencial no universo, e menos como acreditar num sistema doutrinário de afirmações”.
Ou seja: Para Tom Honey e muitos outros que abrigam os mesmos pensamentos, a morte nada mais é que parte de um ciclo existencial.
Novamente contraria a Bíblia Sagrada, a qual assevera que a morte é fruto da desobediência dos seres humanos diante da vontade e determinações divinas: “E ORDENOU o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” – Gênesis 2.16-17.
E o apóstolo Paulo traduz esse fenômeno que se desencadeia na vida humana da seguinte forma: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e PELO PECADO, A MORTE, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” – Romanos 5.12.
E não devemos nos esquecer do que nos diz a Carta aos hebreus: “E, como aos homens está ORDENADO morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” – Hebreus 9.27.
A morte não é, como diz Tom Honey, uma questão de ciclo natural da existência humana, mas sim, uma ruptura na seqüência da vida e um divisor desta vida humana e temporal para a vida eterna e/ou morte eterna.
A morte é uma conseqüência do pecado: “O salário (a paga) do pecado é a morte” – Romanos 6.23.
O pensamento de Tom Honey é espírita e cósmico e não Bíblico.
E quando Tom Honey questiona a possibilidade de se atribuir uma personalidade a Deus?
Na verdade Tom Honey põe dúvidas se Deus é realmente alguém. Um ser constituído de personalidade.
Para Tom, Deus está mais para o quê (coisa) do que para quem (um Ser Pessoal).
E Tom Honey ainda zomba e põe em questão a fé dos cristãos que se apóiam na Bíblia Sagrada e não em vãs filosofias... Em pensamentos humanistas como os do próprio Tom Honey o qual declara: “Como alguém pode praticar essa fé?”.
Aqui Tom Honey se refere à fé expressada pelos cristãos que apóiam tal fé numa relação pessoal com Deus e que tem por base e regra desta fé as Sagradas Escrituras.
Ou seja: Tom Honey parece não apoiar sua fé nas Escrituras Sagradas.
E Tom faz essa palestra com um ar de piedade e sinceridade tal que, se não se cuidarem, até os escolhidos poderão se desviar.
Aí Tom Honey fecha sua palestra e alcança o ápice de sua intenção, ao citar uma prática indiana (um país que cultua uma infinidade (milhões) de deuses – o Namastê – cuja saudação significa dizer: “O deus que há em mim saúda o deus que há em você”.
Ou seja: Deus está em todos e em tudo – Panteísmo.
Ao insinuar que Deus está em todos indiscriminadamente, Tom passa por cima das palavras do Senhor Jesus Cristo:
Jesus Cristo afirmou e ensinou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” – João 14.21; “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” – João 14.23.
É bom que se diga que na dita palestra veiculada pela internet, o vigário de uma Igreja na Inglaterra, em nenhum momento fala sobre Jesus Cristo.
Mas Tom Honey continua a ensinar como se desenvolve essa fé:
“Buscando uma conexão íntima com nossa essência. Se Deus está em todas as pessoas então existe um ponto de encontro onde a minha relação com você se torna num encontro a três”.
Percebe-se mais uma vez que a palavra de Tom Honey se põe totalmente contra a palavra de Deus.
Talvez Tom desconheça e/ou desacredite no que a Bíblia diz no texto abaixo:
“Não vos ponhais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há em Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor TODO-PODEROSO” – 2 Coríntios 6.14-18.
Para Tom Honey certamente não tem qualquer importância se cremos em Deus ou não, se compartilhamos da mesma fé ou não, pois, para ele, toda relação é divina.
Pelo que entendo, para Tom Honey Deus é apenas um conceito que cada um traduz e experimenta como desejar e entender ser certo e/ou achar melhor e/ou mais conveniente.
Provavelmente para Tom Honey esta seja a verdade.
Mas Tom tem mais o que nos ensinar sobre como podemos aprofundar essa fé (num Deus que não passaria de um outro nome para universo e que não tem necessariamente uma personalidade):
“Buscando a essência em todas as coisas”... “Na música, na poesia, no mundo natural de beleza e nas coisas simples da vida existe uma presença profunda que as habita e as torna excepcionais. Isso requer uma atenção profunda e uma espera paciente. Uma atitude contemplativa, uma generosidade e abertura a aqueles cujas experiências são diferentes das nossas”.
As palavras de Tom Honey professam que Deus na verdade não é uma pessoa soberana que criou e tem o Seu trono estabelecido sobre tudo e todos, mas é uma “essência”, uma “força motora”, uma “energia benevolente”, uma “consciência cósmica”, que interage com tudo porque está em tudo e porque é motivador de tudo.
É por aí que Tom Honey propõe seu pensamento de fé sobre Deus – uso, sobre, a propósito, pois não vejo a fé de Tom como uma fé proveniente de uma experiência pessoal com Deus, mas de um conceito humanista sobre Deus. Ou seja: O Deus de Tom Honey e dos que acompanham seus pensamentos é meramente conceitual.
No final, Tom confessa ter apenas “dúvidas, questionamentos e incertezas” e, que, sua sugestão era buscar “novas maneiras de pensar sobre Deus”. Como ele mesmo diz: “Maneiras que podem nos permitir prosseguir ao longo de uma nova e desconhecida estrada”, mas que afinal, a única resposta que realmente pode dar sobre tudo e sobre Deus é: “EU NÃO SEI”. E, “humildemente”, afirma que “esta pode ser a mais profunda declaração religiosa de todas” (será?).
Porque Tom não tem todas as respostas que deseja, ele se vê no direito de julgar Deus. Afinal, ele mesmo diz: “Nós exigimos respostas de Deus”.
A primeira pergunta da Bíblia Sagrada é: “Adão (ser humano), onde você está?”. Na verdade, Deus sabe muito bem onde nós estamos, mas nós mesmos não temos consciência de onde estamos. Estamos perdidos e por isso temos nos escondido atrás de argumentos humanistas dentre outros. Deveríamos fazer como Adão fez: ”Ouvi a sua voz... e temi, porque estou nu... então preferi me esconder”.
Mas pessoas como Tom Honey preferem agir como a igreja de Laodicéia a qual dizia: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta”... mas Deus revela sua verdadeira condição espiritual: “Não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” – Apocalipse 3.17.
A primeira pergunta do Novo Testamento é: ”Onde está Jesus?”.
Onde está Jesus em nossas vidas?
Jesus Cristo veio para nos encontrar e salvar e para nos revelar o glorioso Deus e Pai, amoroso e todo-poderoso, o qual tem sim todo controle de tudo e todos em suas mãos. E, portanto, Ele beneficia sim aqueles que crêem e recebem essa verdade em Cristo Jesus sem, no entanto, deixar de amar os demais, pois: “quer que todos os homens (seres humanos) sejam salvos e conheçam a verdade” – 1 Timóteo 2.4.
Mas, o caminho para que essa verdade se estabeleça é um só:
“Disse Jesus: Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida. NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM” – João 14.6;
“E em nenhum outro (a não ser Jesus Cristo) há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há (além do nome de Jesus Cristo), dado entre os homens, PELO QUAL DEVAMOS SER SALVOS” – Atos 4.12;
“Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens (seres humanos), Jesus Cristo, homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos” – 1 Timóteo 2.5-6.
Portanto, Jesus Cristo é a resposta de Deus para a humanidade.
Creia no Senhor Jesus Cristo e você experimentará a verdadeira salvação e liberdade existencial.
Que o Senhor, pelo Seu Espírito, nos ilumine.

Por: Paulo R. P. Cunha