segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cristianizados na Terra

O que isso realmente quer dizer?

Será que ser cristianizado é tornar-se semelhante a Cristo? Em parte sim. E a idéia deveria se deter nesse aspecto, pois o Evangelho nos revela esse propósito: De nos tornarmos à semelhança de Jesus.

No entanto, temos que ter atenção peculiar em três intenções ocultas na declaração: Seremos cristianizados aqui mesmo na Terra.

1ª – A ênfase dada não a Jesus, mas a Cristo. Embora nos Evangelhos e nas Cartas, quando se faz menção de Jesus e de Cristo, se fala num só sentido e com um mesmo significado, para os adeptos da chamada “Teologia Pós-Moderna”, há uma distinção. Embora afirmem crer em Jesus, a ênfase em sua teologia prática não está em Jesus propriamente dito, mas na Sua relação com a Terra enquanto Encarnado.

Embora pareça complicado dá para simplificar: Quando a gente foca não a Jesus, mas somente seu estilo de vida e sua relação com a Terra, nós podemos ter Jesus Cristo como exemplo, mas não necessariamente como Senhor.

Apesar de ser um propósito revelado no Evangelho e nas Cartas o sermos transformados à semelhança de Jesus, o propósito principal é que Jesus seja o Senhor absoluto de nossas vidas e não somente um exemplo a ser seguido.

Jesus Cristo não é só um “padrão” a ser imitado, mas um Senhor a ser seguido.

2ª – A declaração “Seremos cristianizados aqui na Terra” carrega capciosamente um outro engano, o qual é: “Todos serão cristianizados”.

Sim, não serão apenas os que crêem, mas todos indiscriminadamente.

Por isso a ênfase tem que estar no “Cristo” e não em Jesus propriamente dito. Pois “Cristo” não é referência a uma pessoa, mas a uma missão, um propósito existencial.

Aqui cabe o pensamento de um “Teólogo Moderno” – Hegel, onde ele diz que como a “natureza” de Deus se revelou em uma personalidade humana – Jesus, assim ela continuará a ser revelada através das personalidades humanas.

Para Hegel, Jesus não era “Deus-Homem”, mas o primeiro que percebeu que Deus e o homem são um.

Na declaração: “Seremos cristianizados aqui na Terra” está embutida a crença de que em Jesus tudo e todos foram reconciliados com Deus e, portanto, o processo de cristianização já foi deflagrado.

Independentemente de como se vive e no que se crê objetivamente, todos são filhos de Deus e serão cristianizados (tornados um com Deus e em Deus).

3ª – A declaração: “Seremos cristianizados aqui na Terra”, transforma em “Mito” a crença na volta de Jesus Para arrebatar a Sua Igreja ao mesmo tempo em que buscam acabar com tal crença.

A esperança não está mais na volta de Jesus para buscar os que creram Nele e no Seu Evangelho e a partir daí, da restauração de todas as coisas, mas, sim, na transformação da humanidade como ato contínuo de sua existência terrena (aqui na Terra mesmo).

É uma recriação do mundo sem arrebatamento, sem juízo, sem destruição, sem condenação, sem conversão a Jesus (mas somente à Sua maneira de viver e de se relacionar com a Terra), enfim, essa “Teologia Pós-Moderna” crê que o mundo se tornará melhor por um processo “natural”.

Assim, com um discurso filosófico, intelectual, bonito e recheado com conceitos humanistas e ecumênicos, eles vão mentindo com a mais maligna intenção de minar a fé que uma vez foi dada aos santos.

Para aquelas pessoas sinceras em buscar o Senhor e que desejam realmente acertar o Caminho, o qual é Jesus – o Cristo, transcrevo o alerta dado pelo inesquecível discípulo e seguidor de Jesus, Richard Baxter:

“O céu reparará qualquer prejuízo que for feito para alcançá-lo; mas nada reparará o prejuízo de perdê-lo”.

Por: Paulo R. P. Cunha
Obs.: A quem interessar e desejar dar uma olhada, outros textos meus podem ser encontrados e lidos no site da Editora Ultimato. www.ultimato.com.br

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