sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Qual Será o Próximo Título “Espiritual”?


Abri meus e-mails
Dentre eles havia um que fora enviado por um líder religioso
O conteúdo do e-mail se destinava a propagandear uma viagem a Israel
Denominada como viagem a Terra Santa
Até aí tudo bem
Mas me gerou certa estranheza pelo fato da entonação ministerial quanto à viagem
Também estranhei a auto-nominação na frase escrita por tal líder:
“Eu sou líder de uma Nação”
Até que chego ao final do e-mail e me deparo com a assinatura:
“Paipóstolo”
Parei por um instante diante daquele título “espiritual” e me perguntei:
Qual será o próximo título “espiritual” que virá por aí?
Quando me converti...
A vinte e seis anos atrás...
As coisas eram mais simples
Tínhamos pastores, evangelistas, presbíteros e diáconos.
Com a ascensão dos mega-líderes...
Veio a era dos bispos;
Depois apareceram os apóstolos;
E, agora, Paipóstolo – Pai de apóstolos.
O que me incomoda...
E provavelmente isso não importe a ninguém – se me incomodo ou não...
Não é o título em si...
Mas, sim, a necessidade de uma titularidade que imponha superioridade espiritual.
Se ser pastor já corresponde em autoridade espiritual;
E bispo corresponde a uma ordem espiritual superior aos pastores...
Apóstolo tornou-se uma sumidade espiritual.
O que dizer então de Paipóstolo?
Nada mais, nada menos, do que ser o gerador de sumidades espirituais.
Deve se referir também à autoridade espiritual máxima da igreja;
E ainda que todos os demais líderes e membro...
Devem se aninhar sob sua liderança espiritual paternal.
O que me preocupa...
E isto também não deve importar a ninguém – se me preocupo ou não...
É que as pessoas que afluem às igrejas...
Estão focando muito mais estas pessoas do que a Jesus e Seu Evangelho.
Acho...
E talvez ninguém se importe com o que eu acho ou deixe de achar...
Que há muita passividade por parte das pessoas que freqüentam igrejas.
Se as pessoas lessem e estudassem mais a Bíblia;
E fizesse isso em constante oração diante do Senhor...
Acho que as coisas seriam bem diferentes.
Mas, parece que o carisma, o movimento nos cultos...
As promessas de vitórias pragmáticas, a oratória eloqüente...
O discurso intelectualizado...
O sucesso televisivo ou radiofônico...
Os mega-templos...
O frenesi emocional e os aspectos místicos dos cultos...
Têm sido base da fé de muita gente.
Mas e a Palavra de Deus e a oração?
E a relação íntima de cada crente com Deus?
Por que a muitas pessoas carregam uma Bíblia e não a lêem de fato?
Em Provérbios 29.18 se lê:
“Não havendo profecia, o povo se corrompe;
Mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado”
Aqui, profecia e lei são correspondentes.
Profecia e lei correspondem à Palavra de Deus.
Por isso Jesus Cristo pode afirmar:
“Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” – Mateus 22.29.
Aqui, Escrituras (sagradas) e Poder de Deus são correspondentes.
Todo poder que não se baseia nas Escrituras é digno de suspeição.
Fico pensando...
Enquanto o povo de Deus não se voltar de fato para a Palavra de Deus...
E para a oração pessoal e íntima com o Senhor...
Estaremos sujeitos a líderes ambiciosos e suas titularidades estranhas.
Desperta, povo de Deus!
Jesus Cristo é o único Senhor!
Desperta, igreja!
Só há um título deveras importante...
E é o do Pastor e Bispo de nossas almas – O Senhor Jesus! – 1 Pedro 2.25.
Está escrito: “Todo aquele que nele crer não será confundido” – Atos 10.11.
Na igreja não deve haver títulos que representem superioridade espiritual...
Mas apenas que representem chamados e ministérios.
Que o Espírito santo ilumine a Sua Igreja.

Por: Paulo R. P. Cunha

Nenhum comentário:

Postar um comentário